economia e mercados
360 Economia e Mercados
Semanal
Publicação semanal com uma análise dos principais desenvolvimentos da conjuntura económica global, procurando explicar e antecipar os seus impactos nos mercados financeiros. Esta publicação apresenta também, de uma forma sistematizada, as expectativas e previsões do Research do novobanco para a economia global e para a economia portuguesa.
Maio
- O Fed sinalizou a manutenção dos juros altos por mais tempo, mas desvalorizou o cenário de subida da taxa directora e atenuou o quantitative tightening. Powell vê a inflação a descer com o tempo, e a economia a crescer.
- Discurso menos hawkish que o esperado e easing bias do Fed foram bem recebidos pelo mercado.
- O Chief Economist do BCE reafirmou a convicção de que a inflação está a convergir para os 2%, o que favorece a probabilidade de um corte das taxas directoras em Junho. Vemos o BCE em modo de wait and see depois disso.
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Abril
- O Fed deverá esta semana manter os juros de referência inalterados em 5.25%-5.5%. Esperamos que suporte a actual expectativa de juros (mais) altos por mais tempo, aguardando sinais consistentes de recuo da inflação.
- Os indicadores recentes descrevem uma economia dos EUA com uma procura interna e mercado de trabalho fortes e com a inflação persistente, não necessitando, por isso (para já) de estímulos monetários.
- Mantêm-se alguns riscos para o outlook dos EUA e Zona Euro. Fed e BCE não poderão divergir demasiado.
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- Sinais de uma actividade económica robusta e de persistência da inflação levaram diversos responsáveis do Fed (incluindo o Chair Powell) a “adiarem” a expectativa de descida dos juros de referência nos EUA.
- O que poderia, ainda assim, levar o Fed a cortar juros este ano? Um maior foco na inflação nos bens core (actualmente negativa) ou na evolução dos preços excluindo componentes imputadas (mais baixa que a oficial)…
- …bem como nos riscos para o consumo privado e para o sector do imobiliário comercial.
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- O BCE manteve a política monetária inalterada na reunião da semana passada, mas sinalizou um provável corte dos juros de referência em Jun. O mercado vê o BCE a cortar os juros por três vezes este ano (x 25 bps).
- Nos EUA, a inflação voltou a subir em Mar, para 3.5% YoY (3.8% core), mais que o esperado. O mercado voltou a atenuar as expectativas de redução dos juros pelo Fed, antecipando agora a 100% apenas um corte em 2024.
- Esta divergência de expectativas entre BCE e Fed penaliza o euro e a inflação da Zona Euro, e não é sustentável.
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- Esta semana, o BCE deverá deixar a política monetária inalterada, mas sinalizando uma primeira descida dos juros de referência em Junho, dados os recentes sinais de algum alívio das pressões inflacionistas na Zona Euro.
- Para lá de Junho, o BCE deverá reafirmar-se data dependent, não se comprometendo com o timing de novas descidas. Esperamos 3 cortes de 25 bps em 2024, com os riscos enviesados no sentido de um corte adicional.
- Nos EUA, a robustez da actividade e do emprego leva o mercado atenuar expectativas de cortes de juros pelo Fed.
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- Diversos responsáveis do Fed sinalizaram a necessidade de uma postura paciente em relação ao início da descida dos juros de referência, citando os sinais de solidez do crescimento e do mercado de trabalho nos EUA.
- O mercado voltou a atenuar as expectativas para o número de cortes da taxa directora do Fed em 2024, para menos de três, deixando de ver como certo um primeiro corte em Julho.
- Para o BCE, o mercado vê um corte em Junho quase a 100% e entre 3 e 4 descidas de 25 bps até final do ano.
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