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24 Economia e Mercados

  

 

Diário

Publicação diária com os principais indicadores dos mercados financeiros (ações, obrigações, mercado monetário, taxas de câmbio, commodities) e com a análise dos principais “market movers” do dia, incluindo os indicadores de atividade económica, as decisões de política monetária e os eventos políticos mais relevantes.

Abril

  • A manhã desta 6ª feira está a ser caracterizada por valorizações dos mercados accionistas, lideradas pelo sector tecnológico, impulsionados pelos fortes resultados apresentados pela Microsoft e pela Alphabet após o fecho dos mercados dos EUA. Inverte-se, assim, a desvalorização ocorrida na sessão de ontem. O iene prolonga a trajectória de depreciação, com a cotação USD/JPY acima de 156. O Banco do Japão manteve hoje inalterada a sua política monetária, como amplamente antecipado, mas o tom do discurso foi considerado dovish pelo mercado.  

  • A economia dos EUA cresceu 1.6% em termos anualizados no 1º trimestre, consideravelmente menos que o esperado e em clara desaceleração face ao trimestre anterior (+3.4%). O consumo privado cresceu 2.5%, após 3.3% entre Outubro e Dezembro. Particularmente relevante foi a evolução do deflator core do consumo privado no trimestre, que acelerou de 2% para 3.7% em termos anualizados, o ritmo mais forte desde o 2º trimestre de 2023, com um aumento de 5.1% dos preços dos serviços excluindo energia e habitação.

  • A economia norte-americana desacelerou, assim, de forma mais acentuada que o esperado no 1º trimestre, tendo a evolução dos preços revelado a persistência de pressões inflacionistas. Neste contexto, as yields da dívida pública norte-americana subiram, e o mercado antecipa agora um 1º corte dos juros de referência apenas para a reunião de Novembro. Na sessão de hoje, merece destaque a divulgação, nos EUA, da evolução em Março do deflator core das despesas de consumo pessoal.
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  • Os mercados accionistas asiáticos e europeus prosseguem uma trajectória de valorização na manhã desta 4ª feira, depois de ganhos generalizados nas praças americanas e europeias na sessão de ontem. O sector tecnológico lidera os avanços, beneficiando do anúncio de encomendas acima do esperado pela ASM. O bom comportamento das tecnológicas poderá prosseguir hoje, nos EUA, uma vez que a Tesla apresenta uma forte valorização na negociação premarket, depois de anunciar a intenção de intensificar o lançamento de novos modelos automóveis a preços acessíveis, uma estratégia bem acolhida pelo mercado. 

  • A contribuir para o bom desempenho dos mercados accionistas está a convicção de que o início de descida dos juros de referência pelo Fed terá início ainda este ano, depois de dados ontem conhecidos terem sugerido alguma debilidade da actividade. Em concreto, os índices PMI ontem divulgados para os EUA sinalizam uma ligeira quebra da actividade na indústria em Abril, tendo a actividade nos serviços desacelerado, ambos de forma inesperada. Será conhecida hoje a evolução das encomendas de bens duradouros em Março, antes da divulgação, amanhã, da 1ª estimativa de crescimento do PIB dos EUA no 1º trimestre.

  • Na Alemanha, o índice IFO de clima empresarial voltou a subir de forma clara em Abril, de 87.9 para 89.4 pontos, superando as expectativas. O nível agora atingido é o mais alto dos últimos 12 meses, e reflecte uma melhoria das expectativas do sector empresarial da maior economia europeia, beneficiando das perspectivas de descida dos juros de referência pelo BCE nos próximos meses e de recuperação gradual da economia global. 
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  • O tom positivo prossegue esta terça-feira no mercado, suportando ganhos moderados nos índices de acções da Europa e um novo recuo no preço do ouro (-0.9%). Na Zona Euro, os índices PMI traçaram uma conjuntura menos coesa, ao sinalizarem (inesperadamente) uma contracção mais forte da indústria e uma expansão mais expressiva dos serviços em Abril. Refira-se, ainda, o aumento das componentes de preços, tanto nos inputs como nos selling prices. Na Alemanha, o PMI Compósito sinalizou o regresso da actividade a território expansionista, pela primeira vez desde Junho de 2023, liderada pelos serviços.

  • No mercado obrigacionista, as yields dos Treasuries retomaram hoje o movimento de subida que dominou a semana passada, ainda que de modo muito contido. O mercado continua a antecipar que o Fed inicie o ciclo de corte de juros até Novembro, com uma probabilidade de 85% atribuída ao cenário de que essa decisão seja tomada logo em Setembro.

  • No mercado accionista, as atenções centram-se nas expectativas para a divulgação das contas de algumas das maiores empresas tecnológicas do mundo ao longo da semana. A alemã SAP apresentou resultados impulsionados pela procura por IA. A Novartis reviu em alta o guidance para o conjunto do ano, à boleia dos bons resultados do 1º trimestre, e a Renault reportou um aumento de 1.8% nas receitas. Hoje serão conhecidas, ainda, as contas da General Electric, General Motors, PepsiCo, Spotify, Tesla e Visa. 
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  • A semana arranca com tom positivo no mercado accionista europeu, acompanhando a percepção de alívio das tensões geopolíticas no Médio Oriente. O petróleo recua mais de 1% e o ouro desliza 1.6%. As yields dos Treasuries prosseguem em alta, para 4.99% nos 2Y e 4.65% nos 10Y. Na Zona Euro, observa-se uma subida ligeira das curvas de rendimentos e uma redução dos spreads das economias da periferia face à dívida alemã. O Governador do Banco de França afirmou este fim-de-semana que a recente instabilidade no preço do petróleo não afectará a decisão do BCE de iniciar o corte de juros a 6 de Junho.

  • O tema do timing para o início do ciclo de corte de juros manter-se-á, seguramente, em foco na semana. Na 5ª feira será conhecida a primeira estimativa para o desempenho do PIB da economia americana no 1º trimestre. Antecipa-se um abrandamento face aos 3.4% anualizados do período anterior, liderado pelo arrefecimento do consumo privado. Na 6ª feira, o foco volta-se para a evolução dos preços, com a publicação dos números de Março do deflator das despesas de consumo pessoal. O mercado antecipa uma aceleração ligeira, de 2.5% para 2.6% YoY, e um recuo da medida core para 2.7% YoY, continuando a reflectir a persistência das pressões inflacionistas na economia americana.

  • Na Zona Euro, será hoje conhecida a evolução do índice de confiança dos consumidores em Abril. Na terça-feira, os índices PMI de Abril deverão continuar a sinalizar uma melhoria da actividade na economia dos Vinte. Na 4ª feira, o índice Ifo de clima empresarial na Alemanha também deverá sinalizar uma melhoria. No Japão, nota para a reunião de política monetária do banco central, não sendo esperadas alterações aos actuais instrumentos. No mercado accionista, a earnings season do 1º trimestre ganhará tracção, destacando-se esta semana as contas da General Electric, General Motors, Tesla (terça-feira), Boeing, Ford, IBM, Meta, Volvo (4ª), Airbus, Alphabet, Caterpillar, Intel e Microsoft (5ª).
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  • Os riscos de natureza geopolítica voltam a estar no centro das preocupações dos investidores esta 6ª feira, levando a quedas generalizadas dos mercados accionistas. Israel terá atacado esta noite uma base militar no centro do Irão com drones, um acto de retaliação pelo ataque iraniano do passado Sábado. As taxas dos Treasuries a 2 e a 10 anos recuam 3 e 5 bps, para 4.96%  e 4.58%, respectivamente, não anulando, contudo, a subida registada ontem, impulsionada pela forte melhoria do índice Philadelphia Fed e pela robustez do mercado de trabalho. Os preços do petróleo avançam cerca de 0.3%, para USD 87.4/barril no caso do Brent.

  • A descida hoje observada nas yields da dívida pública norte-americana não deverá impedir, contudo, que no conjunto da semana se registe um significativo aumento face a 6ª feira passada, em função da alteração das expectativas do mercado para a actuação do Fed. Ontem, um conjunto de comentários de responsáveis do Fed veio dar mais força ao cenário de taxas altas nos EUA por um período mais longo, e à possibilidade de não haver nenhum corte dos juros em 2024. Neste momento, o mercado antecipa apenas uma descida de 25 bps da taxa fed funds na totalidade, a ocorrer até Novembro, atribuindo uma probabilidade de 59% a uma 2ª descida em Dezembro.

  • O dólar permanece relativamente estável (com a cotação EUR/USD em 1.065 e USD/JPY em 154.4). O Governador do Banco de França defendeu já hoje que o BCE deverá reduzir os juros de referência em Junho, num contexto de maior confiança a trajectória descendente da inflação na Zona Euro. 
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  • Os mercados accionistas apresentam valorizações na manhã desta 5ª feira, acompanhando uma pausa nos movimentos de apreciação do dólar e de subida das yields da dívida pública norte-americana. A TSMC antecipa um crescimento das receitas no 2º trimestre de cerca de 30%, beneficiando do desenvolvimento das aplicações da inteligência artificial. Trata-se do maior crescimento desde o final de 2022, que está a impulsionar o sector tecnológico. Os preços do petróleo caíram ontem 3%, depois de conhecido um forte aumento dos stocks de crude nos EUA na última semana, para o nível mais elevado desde Junho. O Brent volta a cair hoje cerca de 0.6%, para USD 86.7/barril.

  • EUA, Japão e Coreia do Sul afirmam que continuarão a acompanhar de perto a evolução do mercado cambial, reconhecendo a preocupação das autoridades japonesas e sul-coreanas quanto à depreciação do iene e do won (que recuam 9% e 7%, respectivamente, face ao dólar desde o início do ano). Esta intervenção verbal poderia antecipar uma intervenção coordenada no mercado cambial, caso necessário. O won aprecia 1% face ao dólar, enquanto o iene recupera ligeiramente, para USD/JPY 154.3. A cotação EUR/USD sobe para 1.068. As yields da dívida americana prolongam a descida iniciada ontem, recuando para 4.93% e 4.58% a 2 e a 10 anos.

  • Luis de Guindos, Vice-Presidente do BCE, reiterou que a continuação do movimento de descida de inflação na Zona Euro permitirá uma descida dos juros de referência, consolidando a expectativa de um primeiro corte em Junho. O Governador do Banco da Eslovénia alertou para os limites de uma divergência de actuação entre o BCE e o Fed, embora reconheça dinâmicas de inflação diferentes nos EUA e na Zona Euro. Antecipa, ainda assim, um primeiro corte em Junho, seguido de outros na 2ª metade do ano.   
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  • O sentimento dos investidores permanece condicionado pela perspectiva de manutenção dos juros de referência nos EUA por um período mais longo que o anteriormente antecipado. Jerome Powell sinalizou a necessidade de mais tempo para adquirir a confiança de que a inflação se encaminha para o objectivo de 2%, antes de dar início a um corte dos juros. Neste contexto, prosseguiu a subida das yields da dívida americana. O mercado deixou de antecipar na totalidade um 1º corte dos juros em Setembro, atribuindo-lhe agora uma probabilidade de 91%. Um 2º corte até Dezembro é visto com uma probabilidade de 64%. O dólar encontra-se relativamente estável.

  • O índice ZEW de expectativas para a economia alemã revelou uma nova melhoria em Abril, ao subir de 31.7 para 41.9 pontos, significativamente mais que o esperado. A antecipação de uma recuperação da actividade global e a depreciação do euro face ao dólar contribuem para a melhoria do outlook para as exportações, ao mesmo tempo que a perspectiva de descida dos juros de referência suporta também o maior optimismo em torno da economia alemã.

  • O FMI reviu a previsão de crescimento global para este ano de 3.1% para 3.2%, em resultado de um desempenho mais forte que o anteriormente esperado dos EUA e de algumas economias emergentes. O mesmo ritmo de crescimento é antecipado para 2025. Apesar da revisão em alta, o crescimento deverá ser restringido pelo nível ainda elevado dos juros, bem como pela retirada de estímulos orçamentais. O Fundo alerta para importantes riscos geopolíticos e para a persistência de pressões inflacionistas.
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  • O mercado accionista europeu prolonga, esta manhã, a trajectória de queda iniciada ontem nos EUA. No mercado obrigacionista, as taxas dos Treasuries evoluem em 4.93% nos 2Y e 4.62% nos 10Y, reflectindo a consolidação de expectativas de que o Fed não tem pressa em reduzir os juros directores. Este movimento ganhou novo fôlego ontem, depois de ser conhecido o aumento de 0.7% MoM das vendas a retalho nos EUA em Março nos EUA, muito acima do esperado, sugerindo que o consumo das famílias continua robusto.

  • Na China, o PIB cresceu 5.3% YoY no 1º trimestre de 2024, acima do esperado e em ligeira aceleração face aos 5.2% YoY do período anterior. Em termos trimestrais, o PIB acelerou de 1% para 1.6%. Mas, quando olhamos para os dados que foram divulgados para Março, comprovamos que a produção industrial e as vendas a retalho abrandaram mais que o esperado no final do trimestre, sugerindo alguma perda de momentum e alimentando a expectativa de que serão necessários mais estímulos à actividade.  

  • No plano geopolítico, o mercado reage às declarações das autoridades israelitas, afirmando que o ataque iraniano do passado Sábado terá resposta, apesar dos contínuos esforços da comunidade internacional de contenção da tensão. O impacto no mercado de commodities permanece relativamente contido, à semelhança do observado ontem, com o petróleo a subir 0.1% e com o ouro a subir 0.5%.
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  • Os mercados accionistas europeus iniciam a semana com ganhos moderados e menor volatilidade e os preços do petróleo recuam cerca de 1% face aos níveis de 6ª feira, traduzindo a expectativa, por parte dos mercados financeiros, de que o conflito no Médio Oriente permanecerá relativamente contido. A tarde de 6ª feira tinha ficado marcada por um evidente aumento dos níveis de aversão ao risco, depois de os serviços secretos norte-americanos terem alertado para a iminência de um ataque das forças iranianas contra objectivos militares e governamentais de Israel, o que se veio a confirmar na noite de Sábado. A defesa israelita, que contou com a colaboração dos EUA e outros aliados, conseguiu neutralizar 99% daqueles mísseis, tendo-se registado apenas danos ligeiros numa base militar israelita. Os EUA lideram um amplo esforço diplomático no sentido de evitar uma escalada do conflito.

  • O barril de Brent recua 1.1% esta manhã, situando-se em USD 89.4, e o ouro desce também cerca de 1%, para USD 2348/onça. O dólar recua ligeiramente em termos efectivos, após a forte apreciação da semana passada, com o euro em EUR/USD 1.066. No entanto, volta a ganhar terreno face ao iene. A cotação USD/JPY situa-se já muito próximo do patamar de 154, incrementando a pressão para uma intervenção das autoridades japonesas. 

  • No que respeita à divulgação de indicadores macroeconómicos, destacam-se, esta semana, nos EUA, as vendas a retalho (já hoje), a produção industrial e início de novas construções no mês de Março (terça-feira). Na Zona Euro, merece destaque o índice ZEW de expectativas para a evolução da economia alemã (terça-feira). No mesmo dia será conhecida a estimativa de crescimento da economia da China no 1º trimestre. É esperado um crescimento trimestral do PIB de 1.6%, acima do registado no último trimestre de 2023 (+1%). No âmbito da earnings season relativa ao 1º trimestre, serão conhecidas as contas das produtoras de semicondutores ASML e TSMC, bem como da Goldman Sachs, Bank of America, Morgan Stanley, Netflix, Procter & Gamble e Johnson & Johnson.  
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  • A tendência de valorização que marcou a sessão de ontem do mercado accionista prossegue esta 6ª feira, suportando ganhos superiores a 1% dos principais índices da Europa. Este movimento acompanha uma trajectória de descida das yields soberanas, para 2.38% no Bund a 10Y e 3.05% na OT portuguesa a 10Y, recuando 8 e 9 bps, respectivamente. Nos câmbios, o euro deprecia de forma expressiva, para níveis abaixo de EUR/USD 1.07 (-1.4% no conjunto da semana). O ouro prossegue a sua valorização, atingindo já hoje um novo máximo de USD 2395/onça.

  • A suportar estes movimentos está o reforço das expectativas de corte dos juros por parte do BCE em Junho. Christine Lagarde afirmou que, caso o novo quadro de projecções do BCE (que será conhecido em Junho) suporte um aumento da confiança quanto a uma convergência sustentável da inflação para o target, será apropriado iniciar o ciclo de redução da restritividade da política monetária (i.e. reduzir os juros directores). Apesar desta sinalização, o carácter data dependent das decisões de política foi reafirmado, com o BCE a não se comprometer com um ritmo pré-estabelecido de alívio dos juros.

  • Nos EUA, foi conhecida a aceleração dos preços no produtor, de 1.6% para 2.1% a nível headline e de 2% para 2.4% YoY a nível core. Estes resultados, a par da já conhecida aceleração acima do esperado dos preços no produtor, traduziram-se num reforço dos sinais de persistência das pressões inflacionistas nos EUA e da expectativa de que o ciclo de alívio monetário na economia americana terá início posteriormente ao da Zona Euro. A marcar esta 6ª feira está também a queda expressiva e inesperada das exportações chinesas em Março (-7.5% YoY em USD).
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  • A evolução dos preços no consumidor nos EUA voltou a ser mais desfavorável que o esperado em Março, o que conduziu na sessão de ontem a um acentuado movimento de subida das yields da dívida pública norte-americana. Vindo juntar-se à evolução robusta do mercado de trabalho, estes dados levaram também a uma evidente redução das expectativas de descida dos juros de referência nos próximos meses. O mercado antecipa agora, na totalidade, apenas uma descida da taxa fed funds até Novembro, e atribui uma probabilidade de cerca de 50% a uma 2ª descida até ao final do ano. As yields dos Treasuries a 2 e a 10 anos situam-se em 4.97% e 4.56%. O dólar apreciou, com a cotação EUR/USD a recuar para 1.074. O petróleo avança, com o barril de Brent a aproximar-se de USD 91, depois de os EUA terem alertado para ataques iminentes pelo Irão a objectivos militares ou governamentais de Israel.

  • Nos EUA, a inflação homóloga subiu, em Março, de 3.2% para 3.5%, aumentando ligeiramente mais que o esperado, tendo a medida core (que exclui energia e alimentação não-processada) mantido uma variação homóloga de 3.8%. Trata-se de uma evolução mais desfavorável que o esperado (o que ocorre pelo 3º mês consecutivo), sendo de destacar a aceleração dos preços dos serviços, em particular na sua componente core, o que anulou a evolução benigna dos preços dos bens. Esta evolução levanta dúvidas acerca da trajectória descendente da inflação a prazo, podendo também ter implicações a nível político, pela erosão do apoio a Biden a que poderá conduzir.  

  • Tendo em atenção todas as intervenções recentes dos responsáveis da instituição, o BCE poderá sinalizar hoje uma primeira descida dos juros de referência na reunião de 6 de Junho, num contexto de descida da inflação em linha com o esperado e de desaceleração dos salários. A subida da inflação nos EUA aumentou, contudo, a incerteza também em torno da actuação do BCE, com o mercado a antecipar, agora, menos de 75 bps de cortes até ao final do ano.  
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos moderados na manhã desta 4ª feira, liderados pelo sector tecnológico. A TSMC anunciou um forte incremento das vendas no 1º trimestre, impulsionadas pelas aplicações da inteligência artificial. Nas commodities, o preço do cobre volta a subir, aproximando-se de USD 9500/tonelada (+10% desde o início do ano), traduzindo receios de diminuição da oferta e expectativa de recuperação da procura. A agência Fitch reviu de “estável” para “negativo” o outlook para a dívida soberana da China (cujo nível é de A+), antecipando um agravamento do rácio de endividamento público. O anúncio não teve impacto relevante.

  • Pelas 13h30, os dados de inflação de Março nos EUA poderão revelar uma subida dos preços no consumidor de 0.3% face ao mês de Fevereiro (tanto do índice total como no core), em que tinham subido 0.4%. Em termos homólogos ter-se-á registado uma subida de 3.2% para 3.4%, enquanto ao nível core poderá ter prosseguido a trajectória de descida gradual, para 3.7%. No que respeita às expectativas para a actuação do Fed, o mercado antecipa actualmente menos de 3 cortes dos juros de referência até ao fim do ano (e portanto menos que o sinalizado pelas projecções dos responsáveis do Fed). 

  • De acordo com o inquérito do BCE aos bancos, a procura de crédito por parte das empresas na Zona Euro reduziu-se de forma substancial no 1º trimestre, num contexto de manutenção das taxas de juro a níveis relativamente elevados. Ao mesmo tempo, aumentou ligeiramente o nível de restritividade dos bancos na concessão de crédito às empresas na Zona Euro. A deterioração de perspectivas para o investimento e actividade sinalizada por estes dados consolidou a expectativa de que o BCE dará início à descida dos juros de referência em Junho, podendo sinalizar essa intenção na reunião desta 5ª feira. 
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  • Nos mercados de dívida pública norte-americana e europeia, prosseguiu ontem o movimento de subida de taxas (e desvalorização dos respectivos títulos). As yields dos Treasuries a 2 e a 10 anos situam-se em 4.78% e 4.4%, níveis mais elevados desde Novembro. O movimento prolonga a subida de 6ª feira passada, após a divulgação dos fortes números de criação de emprego de Março nos EUA, que conduziram a um adiamento das expectativas do mercado para o início da descida dos juros de referência – esperado agora para Setembro – e à diminuição do número de cortes antecipados para este ano, para menos de três.

  • A atenção dos investidores encontra-se centrada na divulgação dos dados de inflação nos EUA em Março, agendada para esta 4ª feira, o que explica a ausência de uma direcção clara na evolução dos mercados accionistas. No Japão, o Nikkei avançou hoje 1.1%, beneficiando da depreciação do iene, que favorece as perspectivas para as exportações. A cotação USD/JPY mantém-se muito próxima do patamar de 152, mantendo elevada a especulação quanto a uma intervenção das autoridades no mercado cambial. O euro permanece em EUR/USD 1.085.

  • O ouro prolonga a trajectória de valorização, atingindo já esta terça-feira um novo máximo de USD 2359/onça (+14.1% desde o início do ano). Deve ainda ser assinalada a valorização do cobre, cujo preço atingiu USD 9484.5/tonelada, nível mais alto desde Janeiro de 2023, reflectindo sobretudo perturbações na produção em diversas minas na China.  
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  • Os principais índices accionistas europeus seguiam esta manhã maioritariamente em alta, em parte reflectindo a divulgação de indicadores de actividade positivos (expansão inesperada de 2.1% MoM na produção industrial na Alemanha, em Fevereiro), bem como alguns sinais de possível moderação da intensidade da guerra na Faixa de Gaza (retirada de tropas israelitas do sul da região), que se traduzem numa pausa no recente movimento de subida do preço do petróleo (-1.3% no Brent esta manhã, para USD 89.9/barril). Vemos, no entanto, os riscos geopolíticos a manterem-se elevados.

  • As acções valorizam apesar de uma subida das yields do Treasury e Bund a 10 anos (+4 bps, para 4.448% e 2.447%, respectivamente), dada a expectativa de maior paciência do Fed na descida dos juros. Nos EUA, deverá ser conhecida esta semana uma subida da inflação em Março, de 3.2% para 3.5% YoY (a inflação core terá recuado de 3.8% para 3.7% YoY). Estes números deverão validar a postura paciente do Fed no que respeita à primeira descida dos juros de referência (o mercado já desconta menos de 3 cortes em 2024).  Esta semana serão conhecidas as minutas da última reunião de política monetária do Fed, que deverão trazer mais evidência desta postura paciente.

  • Esta 5ª feira, o BCE deverá deixar a política monetária inalterada, sinalizando, provavelmente, uma primeira descida dos juros de referência em Junho. Para lá de Junho, o BCE deverá reafirmar-se data dependent, não se comprometendo com o timing de novas descidas. Mantemos, para já, a expectativas de três cortes de 25 bps em 2024. A semana será, ainda, marcada pelo início da earnings season relativa ao 1º trimestre de 2024, com a divulgação dos resultados de alguns dos principais bancos americanos. Em Portugal, o IGCP leva a cabo, na 4ª feira, três leilões de OTs com maturidades em Abril de 2034, Junho de 2038 e Fevereiro de 2045, com um montante indicativo global de EUR 1250-1500 milhões.   
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  • A manhã está a ser marcada por perdas significativas dos principais mercados accionistas europeus e asiáticos, depois de ontem os índices de referência dos EUA terem encerrado a perder mais de 1%. A incerteza geopolítica e a expectativa em torno dos dados do mercado de trabalho norte-americano em Março, a divulgar esta tarde, estão a penalizar o sentimento dos investidores. Os preços do petróleo voltam a avançar (com o barril de Brent a USD 90.8), depois de ontem terem subido 1.5%, com o aumento das preocupações de escalada do conflito no Médio Oriente, depois do ataque israelita a instalações diplomáticas do Irão na Síria na 2ª feira. Israel estará a preparar-se para uma potencial retaliação do Irão, que estará iminente.

  • Registe-se a apreciação do iene (para USD/JPY 151.3), depois de o Governador do Banco do Japão ter afirmado no Parlamento que está a acompanhar de perto a evolução do iene, podendo a sua depreciação conduzir à necessidade de uma política monetária mais restritiva até ao final do ano. Estas declarações aumentaram a especulação quanto a uma nova subida da taxa de juro de referência na 2ª metade do ano

  • Destacar-se-á hoje a divulgação dos dados referentes ao mercado de trabalho norte-americano no mês de Março. É antecipada uma criação de emprego de cerca de 214 mil postos de trabalho, depois de 275 mil em Fevereiro. Uma evolução mais robusta poderia coglcontribuir para a manutenção dos juros pelo Fed por mais tempo, adiando o primeiro movimento de descida dos juros. Ontem, Neel Kashkari, Presidente do Fed de Minneapolis, referiu a possibilidade de não haver mesmo qualquer descida da taxa fed funds caso a trajectória de descida da inflação não se confirme
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  • A incerteza quanto ao timing de uma primeira descida da taxa fed funds mantém-se, depois de Jerome Powell, Chair do Fed, ter ontem reiterado que a instituição aguardará por sinais mais claros de descida da inflação para 2% antes de avançar para um corte dos juros. Powell afirmou que as decisões do Fed serão tomadas “reunião a reunião”, e sinalizou, como anteriormente, que será adequado começar a reduzir os juros “a determinada altura no decorrer deste ano”. A probabilidade atribuída pelo mercado a um primeiro corte dos juros a 12 de Junho voltou a reduzir-se, mantendo-se 31 de Julho a reunião em que uma primeira descida é antecipada na totalidade.

  • A intervenção de Powell teve lugar após a divulgação de uma queda inesperada do índice ISM Serviços em Março, de 52.6 para 51.4 pontos, sinalizando um arrefecimento da actividade no sector dos serviços dos EUA pelo 2º mês consecutivo. O dólar depreciou de forma evidente, com a cotação EUR/USD a ascender a 1.086 esta manhã.

  • Os mercados accionistas apresentam uma evolução tendencialmente positiva, centrando-se agora a atenção dos investidores na divulgação, na 6ª feira, dos dados para o mercado de trabalho norte-americano em Março. No plano das commodities, o ouro voltou a atingir já hoje um novo máximo histórico, acima de USD 2300/onça, em resultado da expectativa de cortes dos juros pelo Fed, da elevada tensão geopolítica e da procura robusta por parte de bancos centrais. 
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  • A inflação da Zona Euro recuou em Março de 2.6% para 2.4% YoY, ou de 3.1% para 2.9% YoY a nível core, uma descida ligeiramente maior que a esperada e prolongando a tendência decrescente dos últimos meses. Na China, o PMI Caixin relativo aos serviços subiu em Março, para 52.7 pontos, sinalizando uma ligeira aceleração da actividade neste sector, e suportando as recentes expectativas de melhoria da conjuntura na economia chinesa. Os índices accionistas europeus seguiam em terreno misto esta manhã (+0.3% no DAX, -0.1% no Euro Stoxx 600). As yields do Treasury e Bund a 10 anos subiam 3 bps e 1 bp, respectivamente. O euro seguia estável face ao dólar (1.077).

  • Ontem, o sentimento negativo no mercado accionista foi alimentado por uma nova atenuação das expectativas do mercado sobre a descida dos juros pelo Fed. Loretta Mester, do Fed de Cleveland, e Mary Daly, do Fed de São Francisco, reafirmaram a falta de urgência na descida da taxa directora, dada a robustez do crescimento da economia americana e a necessidade de mais evidência sobre a descida da inflação (ambas continuam a admitir, apesar de tudo, 3 cortes dos juros este ano). Ontem, foi conhecido um crescimento acima do esperado das encomendas de bens industriais na economia americana. Na Zona Euro, foram divulgados registos acima do esperado dos PMIs Manufacturing de Março em Espanha e em Itália (neste caso, sinalizando a 1ª expansão na indústria em 11 meses).

  • O sentimento dos investidores segue condicionado pela deterioração do ambiente geopolítico, com o Irão a prometer retaliar contra Israel, depois de um ataque aéreo a instalações do consulado iraniano em Damasco, na Síria. A escalada das tensões geradas pela guerra na Faixa de Gaza traduziu-se ontem numa subida do preço do petróleo de 1.7%. Esta manhã, o Brent avança mais 0.1%, para USD 89.0/barril, em dia de reunião da OPEC+.
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos moderados esta terça-feira, na reabertura após a interrupção da Páscoa. O Euro Stoxx 600 valoriza 0.4%, renovando o seu máximo histórico. Os preços do petróleo sobem mais de 1%, com o recrudescimento de tensões no Médio Oriente, após um ataque das forças israelitas a instalações da embaixada do Irão na Síria e ameaça de retaliação por parte das autoridades iranianas. O barril de Brent ascende a USD 88.3, nível mais elevado dos últimos 5 meses.

  • A sessão de ontem ficou marcada por uma acentuada subida das yields da dívida pública norte-americana – e correspondente desvalorização dos respectivos títulos –, na sequência da divulgação de uma melhoria inesperadamente forte do índice ISM Manufacturing nos EUA relativo ao mês de Março. As taxas dos Treasuries a 2 e a 10 anos subiram 9 e 11 bps, respectivamente, situando-se aquelas taxas em 4.70% e 4.32% esta manhã. O dólar avançou face à generalidade das divisas, em particular face ao euro (EUR/USD 1.073), ganhando força a convicção de que o primeiro movimento de corte dos juros de referência ocorrerá primeiro na Zona Euro do que nos EUA

  • Nos EUA, o índice ISM Manufacturing referente a Março subiu 2.5 pontos, para 50.3, situando-se em terreno de expansão da actividade pela primeira vez desde Setembro de 2022. Esta melhoria surpreendente terá resultado de um acentuado aumento da produção (+6.2 pontos) e das encomendas, sinalizando um incremento da procura, tendo também os custos de produção registado um aumento, o que aponta para a persistência de pressões ascendentes sobre os preços.
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Março

  • Os principais índices accionistas a nível global encaminham-se para encerrarem o 2º trimestre consecutivo de ganhos, situando-se vários deles em máximos históricos. A sessão de hoje marcará o final do trimestre para diversos mercados, que amanhã estarão encerrados. Os investidores mantêm-se animados pela perspectiva de que os principais bancos centrais se preparam para começar a descer os juros de referência. Na sessão de hoje, destaca-se a divulgação, nos EUA, dos novos pedidos de subsídio de desemprego na última semana, antes de ser conhecida, amanhã, a evolução do deflator core das despesas de consumo pessoal em Fevereiro, a medida de inflação preferida do Fed.

  • Nos EUA, Christopher Waller, membro do Fed, sugeriu não haver urgência numa descida dos juros, desejando ver mais alguns registos de inflação que confirmem a trajectória de descida. Neste contexto, Waller afirmou que o primeiro corte da taxa fed funds poderá ocorrer mais tarde que o antecipado. As yields da dívida norte-americana sobem hoje, invertendo a descida de ontem. O dólar aprecia, tendo a cotação do euro regressado a níveis inferiores a EUR/USD 1.08.

  • Piero Cipollone, da Comissão Executiva do BCE, defendeu que a instituição deverá diminuir de forma gradual a restritividade da política monetária, no caso de se confirmar que o crescimento dos salários na Zona Euro terá já ultrapassado o seu pico, e que estes venham a desacelerar de acordo com o esperado. Cipollone acrescentou que uma desaceleração excessiva dos salários na Zona Euro não seria desejável, pois conduziria a uma perda permanente do poder de compra das famílias. As expectativas do mercado mantêm a perspectiva de uma descida dos juros de referência de 25 bps em Junho quase na totalidade.  
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  • O iene atingiu esta madrugada o nível mais enfraquecido face ao dólar dos últimos 34 anos (USD/JPY 151.97). Este movimento renova a especulação quanto a uma intervenção das autoridades japonesas no sentido de impedir uma queda da moeda considerada excessiva, uma vez que se assistiu a uma intervenção em Outubro de 2022, quando a cotação atingiu USD/JPY 151.95. Comentários do Ministro das Finanças já esta manhã sinalizam um acompanhamento próximo dos níveis do iene, sugerindo também uma possível actuação directa no mercado cambial. A expectativa de intervenção do BoJ está a conduzir a uma recuperação do iene, para USD/JPY 151.3.

  • O colapso da ponte Francis Scott Key, sobre o rio Patapsco em Baltimore, nos EUA, após a colisão de um navio de carga, não teve impacto imediato sobre os preços das commodities nem sobre os custos de transporte de mercadorias. Alimentou, no entanto, preocupações em torno das cadeias de abastecimento e ilustrou a necessidade de investimentos na renovação de infraestruturas nos EUA. Na Suécia, o banco central manteve hoje os juros de referência em 4%, mas verbalizou a possibilidade de um corte em Maio ou Junho, dada a descida da inflação. A coroa sueca não regista, contudo, alterações relevantes.

  • Em Espanha, os preços no consumidor subiram 0.8% MoM em Março, acelerando face ao mês anterior. A inflação homóloga aumentou de 2.8% para 3.2%, acima do esperado, mas a nível core a evolução foi mais benigna, tendo recuado de 3.5% para 3.3%. O euro mantém-se estável, em torno de EUR/USD 1.083, não tendo as expectativas para a actuação do BCE sido alteradas (1ª descida de juros em Junho antecipada quase na totalidade). Nas commodities, os preços do petróleo caem hoje mais de 1% (USD 85.3 em Londres), reflectindo o aumento dos stocks nos EUA na última semana.  
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  • Euro em recuperação (EUR/USD 1.085), depois do recuo de 0.7% vs USD da última semana, que reflectiu a crescente expectativa de que o BCE poderá cortar os juros directores mais cedo que o Fed. Em apreciação segue também o iene, para USD/JPY 151.2, depois de o Ministro das Finanças japonês ter afirmado que não exclui a adopção de medidas para conter a recente depreciação da divisa (-1.4% vs USD desde que o Banco do Japão subiu a taxa de juro de referência).  

  • No mercado obrigacionista, assiste-se nos EUA a subidas modestas das yields dos prazos curtos e médios, que acentuam a inversão da curva de rendimentos. Este movimento segue-se às subidas de 4-5 bps de ontem das yields americanas, após as declarações de alguns membros do Fed, sinalizando uma postura cautelosa em relação à moderação da inflação na economia americana.

  • Na Alemanha, o índice GfK de confiança dos consumidores registou uma subida ligeira, graças a uma melhoria das perspectivas para a economia e expectativas para o rendimento. No Reino Unido, a CBI (Confederação da Indústria Britânica) sinalizou um aumento ligeiro nas vendas a retalho em Março, após 10 meses de registos de queda. Nos EUA, será hoje conhecido o índice de confiança dos consumidores de Março, do Conference Board. 
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  • O mercado accionista europeu arranca com descidas ligeiras, depois dos ganhos expressivos das últimas semanas. As yields soberanas revelam subidas ligeiras, tanto na Europa como nos EUA, traduzindo desvalorizações dos respectivos títulos. A yield da OT portuguesa a 10Y segue praticamente inalterada, permancendo o spread face à Alemanha em 67 bps, depois de a agência Fitch ter mantido o rating da dívida soberana inalterado em A-, com perspectiva estável, como esperado.

  • Nos EUA, será divulgado, na 6ª feira, o registo de Fevereiro do deflator das despesas de consumo pessoal. É esperada uma estabilização dos dados em 2.4% YoY na medida headline e 2.8% na medida core, corroborando o cenário de alguma persistência das pressões inflacionistas na economia americana. Na agenda para amanhã, destaca-se a divulgação do índice de confiança dos consumidores, apurado pelo Conference Board, para Março.

  • Na Zona Euro, serão conhecidas as primeiras estimativas para a inflação de Março em vários Estados-membros, como Espanha (4ª feira), Portugal (5ª), Itália e França (6ª). Igualmente relevante será a divulgação, na 4ª feira, dos indicadores de sentimento económico na Zona Euro, e respectivos Estados-membros. Refira-se que, no final da semana, muitos mercados estarão encerrados, por ocasião da Páscoa.  
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  • Depois de mais uma sessão de ganhos, o mercado accionista europeu abriu com um tom misto na manhã desta 6ª feira. Subida da taxa de inflação no Japão, de 2.2% para 2.8% YoY em Fevereiro, um máximo desde Novembro. A subida já era esperada, devendo-se sobretudo a efeitos-base associados à introdução de subsídios à energia em Fevereiro de 2023. Esta tarde, a agência Fitch deverá manter o rating da dívida portuguesa inalterado, em A-.

  • Prolongamento do recuo das yields soberanas. O Banco de Inglaterra manteve inalterada a Bank rate em 5.25%. Embora a decisão fosse esperada, destacou-se a mudança de voto de 2 membros do BoE, que tradicionalmente votavam a favor de uma subida dos juros, e que passaram a defender a estabilização. Nos câmbios, o dólar aprecia 0.4% em termos efectivos (+0.9% na semana), suportado pela divergência de tom entre o Fed e os seus congéneres europeus, que sugere descidas de juros mais cedo na Europa do que nos EUA.

  • O Banco Central da Turquia subiu inesperadamente a taxa de juro de referência, de 45% para 50%, e alargou o corredor face às taxas da facilidade de depósito overnight e da facilidade de empréstimo de +/- 150 para +/- 300 bps. A medida torna o funding mais caro e é justificada pela elevada inflação (67.1% YoY em Fevereiro). A lira apreciou 1.2% vs USD na sessão de ontem, para USD/TRY 32.0.  
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  • As acções apresentam ganhos generalizados esta 5ª feira, depois de, ontem, o S&P 500 e o Dow Jones terem atingido novos máximos. As novas projecções dos membros do Comité de Política Monetária do Fed mantiveram a perspectiva de 3 cortes da taxa de juro fed funds até ao final de 2024, apesar dos registos de inflação maiores que o esperado em Fevereiro. Já esta manhã, o Banco Nacional da Suíça reduziu inesperadamente a taxa de referência em 25 bps, para 1.5%, visando impedir uma apreciação excessiva do franco suíço (que respondeu com uma queda de 1% face ao dólar e ao euro). Hoje, o Banco de Inglaterra deverá manter a Bank rate em 5.25%.

  • O Fed manteve o intervalo para a target rate dos fed funds no intervalo 5.25-5.50%, tendo as novas projecções dos seus membros mantido a perspectiva de 3 descidas dos juros de referência ao longo deste ano, seguidas de 3 outras em 2025 (vs. 4 anteriormente) e 3 em 2026. O crescimento do PIB foi revisto para 2.1% em 2024 (vs. de 1.4% antes) e para 2% nos próximos dois anos. Para a inflação, manteve-se a previsão de 2.4% este ano, tendo para 2025 sido marginalmente elevada para 2.2%. A sinalização de 3 cortes dos juros num quadro de maior crescimento e inflação mais alta foi interpretada como dovish pelo mercado. As yields da dívida norte-americana desceram de forma clara nos prazos curtos (8 bps a 2 anos) e o dólar depreciou. O ouro superou USD 2200/onça pela 1ª vez.

  • Na Zona Euro, o índice PMI Compósito subiu de 49.2 para 49.9 pontos em Março, sinalizando uma estagnação da actividade. Esta subida, ligeiramente acima do esperado, decorre apenas da aceleração dos serviços, uma vez que na indústria se terá agravado de forma clara – e inesperada – a contracção da actividade.   
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  • Depois de uma sessão globalmente positiva ontem, os mercados accionistas europeus apresentam perdas ligeiras na manhã desta 4ª feira, aguardando os investidores as conclusões da reunião do Fed, a partir das 18h. Antecipando-se a manutenção do intervalo para taxa fed funds entre 5.25% e 5.5% pela 5ª reunião consecutiva, o maior interesse reside no novo conjunto de projecções dos membros do comité de política monetária, especialmente para os juros de referência. O Fed poderá reiterar a ideia de que não há urgência numa redução dos juros, aguardando sinais claros de que a inflação se encaminha para os níveis desejados.

  • No Reino Unido, a inflação homóloga teve uma queda mais acentuada que o esperado em Fevereiro, de 4% para 3.4%, nível mais baixo desde Setembro de 2021. A autoridade monetária britânica deverá manter a taxa de juro referência em 5.25% na reunião de amanhã, antecipando o mercado uma primeira descida apenas em Agosto. A libra recua marginalmente (EUR/GBP 0.855). O iene volta a depreciar hoje (USD/JPY 151.5), com a expectativa de que a política monetária do Banco do Japão mantenha o pendor expansionista, mesmo depois da subida dos juros ontem anunciada.

  • O índice ZEW de expectativas para a economia alemã subiu em Março de 19.9 para 31.7 pontos, prosseguindo a melhoria recente, o que reflecte a expectativa de que o BCE venha a reduzir os juros de referência ao longo dos próximos meses. A economia alemã poderá voltar a registar neste 1º trimestre de 2024 uma contracção ligeira, tal como no último trimestre de 2023. 
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  • O Banco do Japão elevou a taxa de juro de referência, de -0.10% para o intervalo compreendido entre 0% e 0.10%, pondo assim termo a um prolongado período de juros negativos, que vigorava desde 2016. Para além desta decisão histórica, num contexto de crescimento robusto dos salários, a autoridade monetária japonesa anunciou também o abandono formal da política de controlo da yield curve, através da qual pretendia influenciar as taxas de juro de longo prazo. O Banco do Japão sinalizou que este não é o início de um processo agressivo de subida dos juros, antecipando que “as condições financeiras expansionistas sejam mantidas por enquanto”.

  • A decisão era amplamente esperada pelo mercado, tendo a mensagem do Banco do Japão sido tendencialmente dovish, com a ênfase na manutenção de uma política ainda expansionista. A yield da dívida japonesa a 10 anos desce marginalmente para 0.74% e o iene recua ligeiramente (USD/JPY 150.2). O dólar aprecia face à generalidade das divisas, recuando o euro para EUR/USD 1.085.

  • Os mercados accionistas europeus apresentam variações ligeiras, sem direcção bem definida, com os investidores a aguardar as conclusões da reunião do Fed, na 4ª feira. Merece hoje destaque a divulgação do índice ZEW de expectativas para a economia alemã em Março e, nos EUA, o início de novas construções e novas licenças de construção em Fevereiro
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  • Os mercados accionistas apresentam ganhos esta manhã, mais expressivos na Ásia. Na China, a produção industrial cresceu 7% em termos homólogos no período Janeiro-Fevereiro, acelerando mais que o antecipado. Também o investimento em activos fixos acelerou mais que o esperado, crescendo 4.2% YoY no mesmo período. A evolução favorável destes dados sugere o início do efeito positivo das várias medidas de estímulo implementadas pelas autoridades chinesas ao longo dos últimos meses. O renminbi mantém-se estável, em USD/CNY 7.198. A semana deverá ser dominada pelas reuniões de política monetária do Banco do Japão (terça-feira), Fed (4ª) e Banco de Inglaterra (5ª).

  • Merece destaque a valorização de 2.7% do índice Nikkei de Tóquio, beneficiando da expectativa de que o Banco do Japão poderá anunciar já esta terça-feira – ou na reunião de Abril – uma subida da taxa de juro de referência (em -0.10%), pondo fim a um prolongado período de juros negativos. A clara aceleração dos salários negociados conhecida na passada semana consolidou esta convicção. O iene recua ligeiramente face ao dólar (para USD/JPY 149.2), favorecendo também as acções japonesas. Nos EUA, destaca-se a reunião do Fed esta 4ª feira, com a apresentação das novas previsões dos seus membros em foco. 

  • O Governador do Banco de Espanha afirmou que a primeira descida dos juros de referência por parte do BCE poderá ocorrer em Junho se a inflação continuar a sua trajectória de moderação como previsto. Na Zona Euro, serão conhecidos na 5ª feira os índices PMI para Março. O índice compósito poderá subir e aproximar-se da barreira de 50 pontos, que sinaliza uma estagnação da actividade.  
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  • A divulgação, ontem, de uma subida dos preços no produtor nos EUA acima do esperado em Fevereiro veio levantar novas dúvidas em torno do processo de desinflação na economia norte-americana e, consequentemente, da actuação do Fed. Assistiu-se a uma desvalorização dos principais mercados accionistas e de dívida pública, com subida das yields, mais acentuada nos prazos mais longos. O dólar apreciou de forma expressiva, em especial face ao euro (EUR/USD 1.089), traduzindo a possibilidade de o BCE vir a anunciar uma descida dos juros de referência antes de o Fed o fazer. As taxas dos Treasuries a 2 a e 10 anos situam-se em 4.70% e 4.28%, subindo 22 e 20 bps na semana.

  • Os preços no produtor nos EUA subiram 0.6% em Fevereiro face ao mês anterior, em que tinham aumentado 0.3%. Trata-se do maior acréscimo mensal desde Agosto passado. Também em termos homólogos se registou uma aceleração, de 1% para 1.6%. Estes dados foram superiores às expectativas e ilustram a persistência de pressões ascendentes sobre os preços, somando-se à evolução desfavorável dos preços no consumidor já conhecida. Neste contexto, ganhou força a convicção de que o Fed não terá pressa em descer os juros de referência, tendo recuado a probabilidade atribuída a uma descida antes de Julho.

  • No Japão, o maior sindicato anunciou que os seus membros negociaram um aumento salarial médio de 5.28% para este ano, acima de 3.8% em 2023 e o mais acentuado dos últimos 30 anos. Esta aceleração vem consolidar a expectativa de que o Banco do Japão anunciará, provavelmente já na próxima terça-feira, uma elevação da taxa de juro de referência, pondo fim à sua política de juros negativos.   
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  • Os mercados accionistas europeus prolongam o movimento positivo das últimas sessões, levando alguns índices a renovarem máximos. Merece hoje destaque a divulgação da evolução dos preços no produtor nos EUA em Fevereiro, depois de conhecida a subida ligeiramente acima do esperado do IPC. O mercado accionista chinês encerrou em queda, com destaque para a desvalorização de empresas ligadas ao Tik Tok, depois de, nos EUA, a Câmara dos Representantes ter aprovado legislação que obriga a empresa-mãe chinesa (ByteDance) a vender a app, sob pena de esta vir a ser proibida nos EUA, com o argumento de que estão em causa riscos para a segurança nacional. O documento será ainda votado no Senado. O preço do petróleo sobe 0.8%, para USD 84.7/barril, depois de um ganho superior a 2.5% ontem.

  • O Governador do Banco da Grécia defendeu que o BCE deveria descer os juros de referência duas vezes até ao Verão e mais duas vezes até final do ano. Na sua visão, o risco de uma espiral inflacionista não deve ser exagerado, uma vez que os salários se encontram em desaceleração e os lucros das empresas estão a absorver parte dos aumentos salariais. Stournaras defendeu também que a actuação do BCE deve ser independente da do Fed.

  • O BCE anunciou alterações ao quadro operacional da política monetária, em linha com o esperado. A taxa de juro da facilidade de depósito é reconhecida explicitamente como a principal taxa de referência da política monetária, e o diferencial entre esta e a taxa de juro refi será reduzido para 15 bps (vs. actuais 50 bps) a partir de Set’24. O BCE pretende que estas operações tenham um papel central no fornecimento de liquidez aos bancos, continuando a ser realizadas através de leilões de taxa fixa com colocação total, em que os bancos decidirão os montantes a solicitar (e com o BCE a aceitar um leque alargado de colaterais). Este sistema será, depois, complementado por um sistema de compra de activos por parte do BCE (através de uma carteira estrutural de obrigações). A postura actual da política monetária do BCE não sofre alterações com este anúncio.
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  • O clima de propensão ao risco prossegue no mercado de acções, levando os principais índices da Europa a atingir sucessivos novos máximos. A favorecer este movimento esteve um conjunto de notícias corporate animadoras, com destaque para a revisão em alta do target para investimento da E.ON e para o aumento de 30% dos resultados da Inditex. A nível macroeconómico, o PIB do Reino Unido cresceu 0.2% MoM em Janeiro, em linha com as expectativas de recuperação após o recuo de 0.1% MoM registado no final de 2023. 

  • Assiste-se a uma descida ligeira das curvas de rendimento da Europa, após as subidas de ontem. A favorecer este movimento estão as declarações do Governador do Banco de França, sinalizando que o BCE deverá iniciar o corte dos juros de referência em Junho, ainda que continue a defender a postura data dependent das decisões de política monetária. O mercado continua a atribuir uma probabilidade de 93% a este cenário, mantendo-se a incerteza entre Junho e Julho para o início do ciclo de alívio dos juros directores na Zona Euro.

  • Inflação core mais forte que a esperada nos EUA (0.4% MoM e 3.8% YoY em Fevereiro no IPC, vs. previsões de 0.3% MoM e 3.7% YoY), pelo 2º mês consecutivo. Estes números foram recebidos como um apoio à postura cautelosa do Fed, na decisão de início do alívio da restritividade da política monetária. Consequentemente, assistiu-se a um movimento de subida das yields soberanas. O dólar prosseguiu em apreciação ligeira, em termos efectivos (+0.3% vs 6ª feira passada).  
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  • Os mercados accionistas apresentam esta manhã ganhos generalizados, depois de a sessão de ontem ter sido caracterizada por perdas ligeiras, lideradas pelo sector tecnológico. O principal destaque da sessão desta terça-feira vai para a divulgação dos dados referentes à inflação nos EUA no mês de Fevereiro, com potenciais repercussões sobre as expectativas de actuação do Fed. É antecipada uma manutenção da inflação homóloga em 3.1%, e uma descida ligeira da medida core, de 3.9% para 3.7% em termos homólogos. O mercado mantém para já a expectativa de manutenção da taxa de juro fed funds em Março e Maio, antecipando uma primeira descida para Junho ou Julho. 

  • No Reino Unido, a taxa de desemprego no período Novembro-Janeiro subiu de forma inesperada de 3.8% para 3.9% da população activa, tendo-se registado também uma desaceleração da remuneração média. O arrefecimento do mercado de trabalho está a conduzir a uma depreciação da libra (para EUR/GBP 0.854), ao sugerir uma diminuição de pressões ascendentes sobre os salários e os preços. A cotação EUR/USD mantém-se estável, em torno de 1.093.

  • O iene exibe uma ligeira depreciação (USD/JPY 147.3), depois de o Governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, ter reconhecido a debilidade do consumo das famílias. No entanto, Ueda manifestou confiança na recuperação progressiva da actividade e dos preços, consolidando a expectativa de que o Banco do Japão se prepara para pôr termo à política de juros negativos. A próxima reunião da autoridade monetária japonesa decorrerá no dia 19, encontrando-se um movimento de subida da taxa de juro de referência antecipado em cerca de 66%. A yield da dívida pública japonesa a 10 anos ascendeu a 0.775% já hoje, nível mais alto desde Dezembro
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  • Os principais índices accionistas europeus seguiam, esta manhã, em queda (-0.78% no DAX), recuando dos máximos observados recentemente. As yields do Treasury e Bund a 10 anos seguiam relativamente estabilizadas, em 4.073% e 2.268%, respectivamente. O mesmo acontece com o euro, em EUR/USD 1.094. Na China, a inflação medida pelo IPC subiu de -0.8% para 0.7% YoY em Fevereiro, o 1º registo positivo em 6 meses, reflectindo uma despesa robusta dos consumidores durante as celebrações do Ano Novo Lunar. O PIB do Japão cresceu 0.1% no 4Q’23, depois de uma queda de 0.8% no 3Q e após uma revisão em alta, a partir da 1ª estimativa de -0.1%. Nota para a queda de 2.2% no Nikkei, penalizado pela expectativa crescente de que o BoJ irá subir os juros em breve.

  • Em Portugal, o resultado das eleições legislativas poderá favorecer um ambiente de maior incerteza e instabilidade política. Em todo o caso, o spread das OTs portuguesas face ao Bund seguia estável em 65 bps. O IGCP anunciou, para esta 4ª feira, dois leilões das linhas de OT com maturidade em Out 2031 e Abril 2042, com um montante indicativo global de EUR 1000-1250 milhões. Na Zona Euro, será conhecida a produção industrial de Jan, estimando-se quedas de 1.3% MoM e de 2.6% YoY. No Reino Unido, o PIB mensal terá regressado ao crescimento em Jan (0.2% MoM), após uma queda de 0.1% no mês anterior.

  • Nos EUA, a inflação terá estabilizado em Fev, em 3.1% YoY. A nível core, espera-se um recuo de 3.9% para 3.7% YoY. Eventuais sinais de persistência dos preços favoreceriam um cenário de paciência do Fed na descida dos juros. As vendas a retalho (Jan) e a confiança dos consumidores (Mar) deverão sugerir um consumo ainda resiliente na economia americana, no início do ano. Ao nível político, merece destaque a apresentação, pelo Presidente Biden, da proposta de orçamento para o ano fiscal de 2025, depois de, na última semana, o Congresso ter evitado um Government shutdown parcial. Esta semana realizam-se as eleições presidenciais na Rússia.  
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  • A expectativa de que o Fed e o BCE se aproximam do 1º movimento de descida dos juros de referência foi consolidada por sinais dovish dos líderes de ambas as autoridades monetárias. Por um lado, Jerome Powell disse ontem perante o Senado dos EUA que o Fed “não está longe” de ter confiança suficiente para tornar a sua política menos restritiva. Por outro, Christine Lagarde surpreendeu, ao referir várias vezes o mês de Junho como momento em que o BCE disporá de muito mais informação para tomar novas decisões.

  • A interpretação dovish que os mercados fizeram da mensagem do BCE levaram a uma descida ligeira das yields da dívida pública europeia. Já esta manhã, Villeroy de Galhau, Governador do Banco de França, afirmou que é muito provável que o BCE desça os juros de referência em Abril ou Junho. Vários índices accionistas de referência na Europa atingiram ontem novos máximos, como o Euro Stoxx 600, o DAX e o CAC 40, bem como o norte-americano S&P 500.

  • O BCE manteve as taxas de juro inalteradas. As novas projecções macroeconómicas reviram em baixa as perspectivas para a inflação média para 2.3% este ano, 2% em 2025 e 1.9% em 2026, neste caso respeitando já o objectivo do BCE. Embora reconhecendo a recente trajectória descendente da inflação, Christine Lagarde referiu que o Conselho de Governadores não tem ainda “confiança suficiente” para discutir neste momento uma descida dos juros, mas referiu que se iniciou uma discussão acerca do alívio da restritividade da política monetária. Notou que “saberemos um pouco mais em Abril” e “bastante mais em Junho” no que respeita à evolução de preços, salários e actividade. Na sessão de hoje destaca-se a divulgação dos dados para o mercado de trabalho nos EUA em Fevereiro. É esperada uma criação em torno de 200 mil postos de trabalho (após 353 mil em Janeiro).
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  • O iene avança cerca de 1% face ao dólar (USD/JPY 148.0), impulsionado pela aceleração dos salários em Janeiro, que vem dar força à convicção de uma subida em breve dos juros de referência pelo Banco do Japão, pondo fim à política de juros negativos. O ouro prossegue a trajectória de valorização, tendo atingido já hoje um novo máximo de USD 2161/onça. Perante a Câmara dos Representantes dos EUA, Jerome Powell reiterou uma postura de paciência do Fed quanto a um movimento de descida dos juros de referência (que deverá ocorrer “algures” durante o ano), aguardando por mais evidência de que a inflação se encaminha para os níveis desejados.

  • As encomendas dirigidas à indústria alemã caíram 11.3% em Janeiro face ao mês anterior. Esta queda acentuada segue-se, no entanto, a uma expansão de 12% em Dezembro, assistindo-se no conjunto dos últimos 3 meses a um crescimento de 2.3% face aos 3 meses anteriores. Na China, as exportações exibiram uma clara recuperação no início do ano, tendo crescido 7.1% YoY no período Janeiro-Fevereiro.

  • A sessão deverá ser dominada pela reunião de política monetária do BCE, que apresentará um novo conjunto de projecções macroeconómicas, que poderão revelar uma revisão em baixa das perspectivas para o crescimento do PIB e para a inflação. Não sendo aguardada uma alteração dos juros de referência na reunião de hoje, a conferência de imprensa da Presidente Christine Lagarde poderá vir a fornecer alguma sinalização quanto ao timing de uma possível descida das taxas de juro. Nos EUA, merece destaque a intervenção de Jerome Powell perante o Senado dos EUA e o discurso do Estado da União do Presidente Biden.  
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  • Os mercados accionistas europeus exibem ganhos ligeiros na manhã desta 4ª feira, com os investidores a assumirem uma atitude cautelosa na expectativa da intervenção semestral de Jerome Powell perante o Congresso dos EUA. O Chair do Fed comparecerá hoje pelas 15h perante a Câmara dos Representantes e amanhã perante o Senado, devendo reiterar que não vê urgência numa redução dos juros de referência. Na China,  o Governador do Banco Central defendeu que há espaço para uma redução adicional do rácio de reservas obrigatórias imposto aos bancos e afirmou que a política monetária procurará elevar “ligeiramente” os preços no consumidor.

  • Nos EUA, o índice ISM para o sector dos serviços recuou em Fevereiro de 53.4 para 52.6 pontos, sinalizando uma desaceleração da actividade mais expressiva que o esperado. Por seu turno, as novas encomendas à indústria caíram 3.6% em Fevereiro face a Janeiro. No plano político, as primárias dos partidos Democrata e Republicano (na chamada Super Tuesday) foram dominadas pelas vitórias de Joe Biden e Donald Trump, respectivamente, que se aproximam assim da nomeação formal como candidatos dos respectivos partidos às eleições presidenciais de Novembro.

  • A cotação do ouro atingiu esta terça-feira um novo máximo histórico de USD 2141/onça, acentuando o movimento de subida das últimas sessões, o que reflecte por um lado a expectativa de descida dos juros por parte do Fed nos próximos meses (num quadro de enfraquecimento da actividade) e por outro o aumento dos riscos de natureza geopolítica. O ouro reforçou, assim, o seu papel de activo de refúgio em períodos de maior incerteza e instabilidade. Esta manhã, observa-se uma queda ligeira da cotação (USD 2125).
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  • O mercado accionista europeu abriu com perdas moderadas esta manhã. As perdas são lideradas, no Euro Stoxx 600, pelos sectores cíclicos e pelo sector tecnológico. A marcar a agenda de hoje estará, no plano político, a realização de eleições primárias (ou Caucus) em 16 estados americanos, na chamada Super Tuesday.

  • O dólar aprecia ligeiramente em termos efectivos, para EUR/USD 1.085, enquanto que as yields dos Treasuries descem quase 3 bps nos prazos médios e longos, depois de ontem terem fechado em alta. Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, voltou a defender que a trajectória de descida dos juros será lenta e gradual nos EUA, antevendo que, após o primeiro corte se seguirá um momento de pausa para avaliação dos impactos desta medida. Na Zona Euro, prossegue o movimento de descida dos juros soberanos.

  • Na China, o Primeiro-Ministro Li Qiang anunciou que a meta de crescimento económico para 2024 se mantém inalterada em “cerca de 5%”. Depois de uma expansão de 5.2% do PIB em 2023, e estando a economia chinesa num contexto de deflação e de instabilidade no sector imobiliário, o objectivo de crescimento é visto pelo mercado como ambicioso, requerendo que as autoridades incrementem as medidas de estímulo ao crescimento. O yuan permanece relativamente inalterado, em USD/CNY 7.199.   
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam variações ligeiras na manhã desta 2ª feira, após os ganhos generalizados de 6ª feira. A agência S&P elevou o rating da dívida pública portuguesa de BBB+ para A-, com outlook positivo, um upgrade justificado pela melhoria de perspectivas para as contas públicas e para as contas externas. A yield da OT a 10 anos recua 2 bps esta manhã, para 3.13%, mantendo o spread face à Alemanha em 73 bps. O petróleo prolonga a subida de 6ª feira (USD 83.9/barril no Brent), depois de a OPEP+ ter anunciado o prolongamento dos cortes de produção actualmente em vigor (cerca de 2 milhões de barris/dia) até ao final de Junho.

  • Esta 5ª feira, merece destaque, na Zona Euro, a reunião de política monetária do BCE. Serão apresentadas as novas projecções da instituição, que poderão rever em baixa as perspectivas para o crescimento e para a inflação. Será relevante qualquer sinalização quanto a um primeiro movimento de descida dos juros. Na passada 6ª feira, a descida menos expressiva que o esperado da inflação em Fevereiro conduziu a um adiamento das expectativas de corte dos juros, com um primeiro movimento a ser agora antecipado pelo mercado apenas em Julho.

  • Nos EUA, o principal destaque vai para a divulgação, na 6ª feira, dos dados relativos ao mercado de trabalho em Fevereiro. Na 4ª e na 5ª, Jerome Powell testemunhará perante a Câmara dos Representantes e o Senado, respectivamente. No plano político, esta terça-feira será a chamada “Super Tuesday”, com 16 estados norte-americanos a celebrar eleições primárias, antes do discurso do “Estado da União” pelo Presidente Biden, na 5ª feira.  
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  • A generalidade dos índices europeus abriu em alta, em linha com o fecho de ontem dos índices americanos. A favorecer este movimento está a desaceleração dos preços revelada pelo indicador de inflação nos EUA mais acompanhado pelo Fed  em Janeiro. O deflator das despesas de consumo pessoal viu a respectiva variação homóloga recuar de 2.6% para 2.4% YoY a nível headline e de 2.9% para 2.8% YoY a nível core. Embora em linha com o esperado, estes dados ilustram também alguma persistência das pressões inflacionistas, suportando o cenário de corte mais tardio nos juros.

  • A inflação no consumidor recuou menos que o esperado em Fevereiro na Zona Euro, de 2.8% para 2.6% YoY headline e de 3.3% para 3.1% YoY a nível core. As yields soberanas seguem em alta, anulando parte das descidas de ontem, para 2.43% no Bund a 10Y e 3.14% na OT portuguesa para a mesma maturidade. A agência de notação financeira S&P poderá anunciar, esta tarde, um upgrade do rating da dívida pública portuguesa, face ao actual BBB+. O euro aprecia ligeiramente face ao dólar, para EUR/USD 1.081.

  • Na China, o índice oficial PMI Manufacturing recuou menos que o esperado em Fevereiro, de 49.2 para 49.1 pontos. Este foi o 5º registo consecutivo em território contraccionista, com sinalização de uma procura enfraquecida. Fora da indústria transformadora, o PMI Non-manufacturing subiu inesperadamente de 50.7 para 51.4 pontos. As festividades do Ano Novo Lunar terão impactado os resultados, ao manterem a actividade industrial condicionada e ao estimularem o turismo.   
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