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Como escolher a mesada em cada etapa de vida do seu filho

POUPANÇA
11/06/2024
5 min. leitura

A mesada é um tema que gera muitas dúvidas entre os pais. E não é para menos: afinal, este é o primeiro contacto que as crianças têm com a gestão do dinheiro. Mas qual o valor aconselhado para cada idade? É a essa pergunta que vamos ajudar a responder.
 

Dar uma mesada aos filhos é o primeiro grande passo para os ensinar a lidar com o dinheiro. Por um lado, ajuda-os a ganharem responsabilidade para gerirem o seu orçamento, por outro, aprendem a importância da poupança. Mas a partir de que idade devemos começar?

 

Mesada para os filhos: como e quando começar?

Antes de definirmos o valor da mesada, é importante que as crianças já tenham aprendido alguns conceitos básicos, como: De onde vem o dinheiro? Quanto é que este chocolate custa? Tenho dinheiro para comprar este brinquedo?

 

 

À medida que vão crescendo, os mais pequenos podem passar a gerir pequenas somas, ou ajudar os pais com os trocos do supermercado. E quando entram na escola, já podem receber uma semanada ou mesada. Mas vamos por partes ou, neste caso, por idades. 

 

Até aos 5 anos

Nos primeiros anos, as crianças não devem receber nem semanada nem mesada. Isto porque ainda não têm maturidade para gerir o recebimento de um valor regular, nem percebem bem o que é efetivamente o dinheiro e para que serve.

 

Em alternativa, pode começar a promover hábitos de poupança. Experimente dar-lhes uma moeda de vez em quando para colocarem no mealheiro. É uma excelente forma de os mais pequenos verem o montante crescer e de os motivar a quererem juntar cada vez mais. 

Dos 6 aos 10 anos

Quando entram na escola, as crianças já têm outro nível de maturidade. Além disso, é nesta altura que ganham muitos outros recursos essenciais para este passo, como aprender a ler, a escrever e a fazer contas.

 

Por volta desta idade, pode introduzir o pagamento de um valor. No entanto, e uma vez que ainda são pequenos, é recomendável começar por atribuir um valor semanal, ou seja, uma semanada. Como este é o primeiro contacto “mais sério” com o dinheiro, é preciso dar-lhes tempo para aprenderem a gerir o seu “orçamento”. 

Dos 11 aos 17 anos

Na pré-adolescência, os jovens já têm alguns conhecimentos financeiros e conseguem gerir de forma mais precisa o dinheiro que recebem dos pais. Nesta altura, pode considerar passar a entregar um valor mensal, em vez de uma semanada.

 

Contudo, isto vai depender do nível de autonomia da criança e do seu sentido de responsabilidade. Se sente que o seu filho ainda tem dificuldades em chegar ao final da semana com dinheiro ou não consegue planear a tão longo prazo, mantenha a semanada. 

 

Quanto devo dar de mesada ao meu filho?

Uma criança de 6 anos e um adolescente de 15 têm diferentes necessidades financeiras, mas também capacidades de entendimento. Por isso, explique-lhes regularmente a razão do valor atribuído. Lembre-se de que este pequeno gesto terá grandes repercussões na vida do seu filho.

O valor da mesada depende de vários fatores e deve ser adaptado à realidade de cada família. Uma vez que a mesada é mais um elemento a juntar ao orçamento familiar, comece por fazer contas e perceber se consegue suportar a nova “despesa”. 

  • Ultrapassados os constrangimentos do orçamento familiar,

    lembre-se de definir um montante que permita ao seu filho ficar com dinheiro depois de pagar as despesas para, por exemplo, ir almoçar com os amigos ou comprar uma peça de roupa de que gosta. Se não sobrar mesada, não há orçamento para gerir, e a aprendizagem torna-se mais difícil. 

Escolha a fórmula adequada à sua carteira

 

Os especialistas são unânimes: o valor da mesada deve evoluir com a idade da criança. Embora não exista a fórmula perfeita, alguns profissionais aconselham a que se pague um euro por cada ano de idade, outros indicam 0,50 euros por semana multiplicado pelos anos.

Recorra à tabela de mesada

 

Se considerar a fórmula dos 50 cêntimos por semana, estes seriam os valores a pagar em cada idade:

 

Troque dinheiro por tarefas 

Para aumentar o grau de responsabilidade do seu filho e o seu compromisso com a gestão do dinheiro, pode recorrer a outras estratégias. Uma opção é dar-lhe um valor extra pela realização de algumas tarefas.

É uma forma de incutir responsabilidade e do seu filho aumentar o valor da mesada. 

Por exemplo:

  1. Se o seu filho lavar o seu carro
  2. Se cortar a relva do jardim
  3. Outras tarefas similares 
 

As tarefas domésticas normais não devem ser incluídas nesta lista, uma vez que os mais jovens também devem ajudar em casa. Fazer a cama, arrumar a roupa ou pôr a loiça na máquina são tarefas da família, sem direito a remuneração.

Mesada em dinheiro ou cartão? 

Enquanto ainda estão a aprender a lidar com o seu dinheiro, as crianças devem receber a mesada em dinheiro. Manusear as notas e as moedas vai ajudá-las a fazer contas e a perceber exatamente quanto têm e qual o valor que gastaram.

Por volta dos 12/13 anos, já pode trocar as notas por um cartão pré-pago:
 

  1. Deposite todos os meses o valor da mesada no cartão

  2. Permita operações simples e mais seguras

  3. Incentive-o, com a sua ajuda, a transferir o dinheiro que sobrar para uma conta poupança, criando o hábito de poupança a médio e longo prazo
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