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Como conversar sobre finanças com a sua cara-metade?

ORÇAMENTO FAMILIAR
20/11/2025
8 min. leitura

Na vida, poucas coisas provocam mais incómodo do que falar sobre dinheiro. Algumas questões são mesmo tabu: qual o nosso salário, quanto pagamos de crédito habitação, quanto custou a nossa casa ou o carro. Em casa, também há perguntas que podem causar desconforto, por exemplo: quanto gastaste?

 

  1. Saiba como conversar sobre finanças com a sua cara-metade sem colocar em risco a relação.

 

Ser-se casal é partilhar. A vida, os sonhos, os filhos, a casa, o carro, as angústias e frustrações, as vitórias e as derrotas. Preparamo-nos para quase tudo, menos para o impacto do dinheiro na relação. É assim consigo? Não é o único. O dinheiro é um dos últimos tabus a ser derrubado em Portugal e nem os casais escapam ao medo cénico de falarmos sobre as nossas despesas, créditos, poupanças e repercussão do capital, ou da falta dele, nos nossos objetivos de vida.

Conversa nº 1: como gerem as vossas finanças

Antes de existir o casal, já havia vida financeira: rendimentos, gastos, hábitos, créditos e obrigações. Tal como o amor acontece naturalmente, também as conversas sobre dinheiro têm o seu tempo e espaço na relação. 

Se está a pensar entrar numa relação séria, não deixe de fazer as seguintes perguntas à sua cara-metade:

 

  1.  Tem alguma dívida?
  2.  Chega ao final do mês sem dinheiro?
  3.  Tem hábitos de poupança?

Futuro em Dia é um blog de literacia financeira, não de conselhos matrimoniais. Mas tenha uma certeza: mais cedo ou mais tarde na relação, o tema do dinheiro vai surgir no caminho do casal. E quanto mais cedo o assunto estiver resolvido, melhor.

Conversa nº 2: como vamos dividir as contas?

Em família, o dinheiro deixa de ser “meu” e passa a ser “nosso”. E quando existem crianças, o casal é apenas o gestor do dinheiro. Que, na verdade, está ao serviço de todos. Uma das primeiras questões que se colocam é o modo como a família irá aceder ao dinheiro comum (e não comum). Existem, normalmente, três grandes estratégias: uma conta única para todos os movimentos de entrada e saída de dinheiro, duas contas separadas, ou três contas: uma comum e duas individuais.

Conta conjunta

Nesta opção, o casal tem uma única conta para gerir os rendimentos e as despesas. O salário de ambos é reencaminhado para a conta, assim como os eventuais créditos (crédito habitação à cabeça) e débitos diretos (luz, gás, água, etc).

Contas separadas

Nesta opção, o casal mantém as contas individuais e gere, a partir delas, todos os movimentos de uma vida a dois: os rendimentos, os créditos, os débitos diretos, etc. Apesar de uma maior autonomia financeira para gerir os rendimentos, esta opção pode dificultar a divisão das despesas.

Modelo híbrido: três contas

Nesta opção, cada elemento do casal mantém a sua conta individual mas cria uma terceira conta, que permanecerá conjunta. Todos os meses, cada um transfere uma quantia pré-definida para esta conta, que ajudará a pagar as várias despesas fixas, mas também a planear, por exemplo, um fundo de emergência a médio ou longo prazo ou até o início de uma poupança.

Conversa nº 3: Quais os vossos objetivos financeiros de vida?

Todas as grandes decisões do casal têm consequências financeiras de longo prazo, com destaque para duas: comprar casa e ter um filho. Por mais alinhado que o casal possa estar em tomá-las, há que perceber se existe capacidade para, mais à frente, suportar todas as exigências financeiras previstas e imprevistas.

 

Estas e outras grandes decisões devem ser tomadas após uma revisão detalhada das perspetivas financeiras atuais e futuras, por um lado, mas também tendo em conta outras decisões que possam estar mais alinhadas com o estilo de vida do casal. Por exemplo: se o seu orçamento familiar está esticado ao máximo, faz sentido ter um animal de estimação, com os custos que tal decisão acarreta? Ou está disposto a abdicar um pouco da sua qualidade de vida, por exemplo reduzindo as refeições fora de casa, para receber o seu amigo de quatro patas?

10 grandes decisões (também) financeiras para tomar em casal

Grandes decisões
 
  1. Ter um filho
  2. Comprar uma casa
  3. Comprar um carro
  4. Fazer uma viagem de sonho
  5. Mudar de emprego
  6. Abrir um negócio próprio
  7. Planear a reforma
  8. Constituir um fundo de emergência
  9. Ter um animal de estimação
  10. Manter a qualidade de vida (ir a restaurantes, comprar bens supérfluos, etc)

Como poupar no dia a dia?

Todos temos custos que podem ser eliminados da nossa gestão financeira. Muitas vezes, estes já estão diagnosticados e basta combater a procrastinação para atuar. Noutras ocasiões, é necessário olhar para os gastos mensais e perceber onde podemos atuar para reduzir as despesas. 

Estes são alguns dos custos escondidos do nosso orçamento mensal:

 

  1. Assinaturas e serviços de streaming
  2. Ginásio
  3. Refeições fora de casa
  4. Energia (poupança diária e renegociação de contrato)
  5. Água (poupança diária)
  6. Transportes
  7. Telecomunicações (renegociação de contrato)
  8. Compras por impulso
  9. Supermercado
  10. Roupas
  11. Cartão de crédito e juros

Exemplo:

 

A Rita e João, 31 e 33 anos, esperam o primeiro filho

 

Com um rendimento mensal de 2.800 euros líquidos, o casal João e Rita receia deixar de poder poupar quando o seu primeiro filho, Luís, nascer. Em conversa aberta, decidiram fazer uma tabela com todos os gastos para perceber onde podiam cortar nas despesas. Assim, reduziram o valor mensal para a alimentação fora de casa e cortaram no ginásio (que ambos tinham deixado de frequentar, mas continuavam a pagar através de débito direto). Decidiram, ainda, trocar as plataformas de streaming pagas por plataformas gratuitas (RTP Play).

 


Feitas as contas, a Rita e o João conseguiram reduzir em 540 euros as despesas mensais, valor que encaminharam para as necessidades do recém-nascido.

ANTES:

DEPOIS:

Conversa n.º 4: Temos um fundo de emergência?

Todos deveríamos ter um fundo de emergência para acautelar imprevistos. Mas nas famílias essa necessidade multiplica-se pelo número de pessoas do agregado familiar. Quando um casal decide morar junto e dividir o valor da casa (renda ou crédito habitação) é normal que as despesas decresçam, tendo em conta a situação imediatamente anterior. Por que não usar esse dinheiro para constituir um fundo de emergência?


Na hora de estabelecer prioridades financeiras, o fundo de emergência deve vir em primeiro lugar. É a almofada que vai garantir que as nossas poupanças podem crescer sustentadamente, sem a obrigação de recorrer a esta conta quando precisamos de dinheiro. Idealmente, o fundo de emergência deve ter entre 6 a 12 meses de despesas regulares. 

POUPANÇA

Fundo de emergência: quanto tempo resistem as suas finanças a imprevistos?

6 min.

Conversa n.º 5: Como nos protegemos para o futuro?

Viver a dois é, também, depender de terceiros. Aqui, entra em cena o incerto, presente em todos os momentos da vida. E se acontecer alguma coisa à nossa saúde? Preparar o futuro a dois (ou a três, a quatro, etc, dependendo do número de filhos) implica também perceber os riscos financeiros que um acidente ou outro qualquer imprevisto provoca. Quem vai pagar as contas quando existe apenas um salário a compor o orçamento mensal?

 

Neste cenário, os seguros assumem um papel importante para planear a vida a dois. Desde logo, os seguros de saúde e de vida, que são fundamentais para garantir a estabilidade financeira da família. Mas também o seguro multirriscos, se possuir casa própria, que ajuda a prevenir avarias de eletrodomésticos, inundações e danos por água, incêndios ou até roubos.

Seguro Multirriscos

 

Reduz o impacto de despesas inesperadas:

Em caso de sinistros graves em casa, como incêndios, inundações ou roubos, o seguro cobre grande parte dos custos, evitando que o proprietário tenha que desembolsar grandes somas.

 

Protege o património:

Protege não apenas a casa, mas também o recheio: móveis, eletrodomésticos e equipamentos eletrónicos.

 

Cobre a responsabilidade civil:

Garante que o proprietário não é obrigado a pagar pelos danos causados a terceiros.

 

Ver seguro multirriscos do novobanco 

 

Seguro de Saúde

 

Cobre despesas médicas:

Protege contra o custo, por vezes alto, dos tratamentos médicos e cirurgias, evitando que as pessoas precisem de recorrer às poupanças ou até endividarem-se para cuidar da saúde.

 

Cuida de tratamentos de longo prazo:

 Fornece apoio financeiro para lidar com doenças crónicas, tratamentos contínuos ou necessidades médicas prolongadas, garantindo acesso a cuidados sem comprometer o orçamento familiar.

 

Ver seguro de saúde novobanco  

 

Seguro de Vida

 

Protege o futuro da família:

Ajuda a cobrir despesas em caso de falecimento, evitando que os dependentes enfrentem dificuldades financeiras graves.

 

Paga dívidas:

Pode ser utilizado para pagar hipotecas, empréstimos e outras dívidas, evitando que a família herde esses compromissos.

 

Ver seguro de vida novobanco  

 

Seguros novobanco

Quer saber como pôr o seu futuro em dia?

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