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SEGURANÇA ONLINE:

A neutralidade carbónica em Portugal

Susana Barros, Consultora Sénior

 

Ambiciosas metas ambientais

Objetivo de neutralidade carbónica em 2050.
 
A estratégia portuguesa para o ambiente e os compromissos de metas ambientais que Portugal assumiu perante as Nações Unidas e a Comissão Europeia são bastante exigentes. Destacam-se as seguintes:
  • Uma redução entre 45% a 55% das emissões de CO2 até 2030 (vs. 2005), e de 85% em 2050 para atingir a Neutralidade Carbónica (com ajuda dos sumidouros). Em 2018, a redução era de cerca de 22% face a 2005;
  • 80% da Eletricidade proveniente da produção através de Fontes Energia Renováveis (% E-FER) até 2030, e 100% até 2050. Em nov 2020, esta contribuição ascendia a 62%.
 
 

Esta situação é consequência de:

  • Aumento da esperança média de vida: na UE, passou de 71 anos em 1970, para 81 em 2018, projetando-se para 2050, os 85 anos (Portugal regista valores de 67, 81 e 86 anos, respetivamente). Note-se que existem já mais de meio milhão de centenários no mundo e as projeções das Nações Unidas apontam para 3,2 milhões em 2050; e
  • Queda da taxa de fertilidade: 2,4 filhos em 1970, para 1,5 em 2018 e 1,7 em 2050, na UE (em Portugal estes valores ascendem a 3, 1,4 e 1,6 filhos, respetivamente).

    Desta realidade emerge o desafio da sustentabilidade económica: em Portugal, em 2019, existiam 34 idosos por cada 100 pessoas em idade ativa, projetando-se para 2050, 67 idosos por cada 100 pessoas em idade ativa3.

 

Neutralidade Carbónica

Fortes investimentos em fontes de energia renováveis e novos paradigmas de consumo



Portugal submeteu às Nações Unidas, em setembro 2019, o "Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050"1, onde define as principais linhas de orientação e as opções mais eficientes para atingir a neutralidade carbónica (Estratégia de Desenvolvimento a Longo Prazo com Baixas Emissões de Gases com Efeito de Estufa, prevista no Acordo de Paris2).

Atingir a neutralidade carbónica em 2050 implica:

  • O reforço da capacidade de sequestro de carbono pelas florestas e por outros usos do solo (que se estima ascenda a cerca de 13 milhões de toneladas CO2 em 2050);
  • A total descarbonização do sistema electroprodutor, apostando numa economia que se sustenta em recursos renováveis. O objetivo de que, em 2050, o total da produção de E-FER ascenda a 100%, pelo que são necessários investimentos significativos em nova capacidade renovável, em particular, energia eólica e fotovoltaica, com a consequente redução ou abandono da produção de eletricidade com recurso a combustíveis fósseis, como sejam o carvão, o fuelóleo e o gás natural;
  • A total descarbonização da mobilidade urbana, e a promoção de políticas no setor dos transportes, em especial nas cidades (rede de mobilidade elétrica, veículo elétrico, transporte de mercadorias e promoção do transporte fluvial);
  • A promoção do Hidrogénio como mais um vetor energético, em particular nos setores da indústria, transportes e energia, substituindo fontes fósseis e usando na sua produção fontes endógenas, renováveis;
  • Os edifícios residenciais e de serviços, com reduções de emissões superiores a 96%, face a 2005, devido a uma eletrificação quase total dos consumos de energia dos edifícios, apoiados ainda em grandes ganhos de eficiência energética por via do reforço do isolamento e do recurso ao solar térmico;
  • Alterações profundas na forma como utilizamos a energia e os recursos, com o consumo assente em modelos de economia circular. Para estes resultados serem atingidos, terão de ser feitas alterações no paradigma de produção e consumo do ecossistema energético, sendo encetados vários desafios, mas que também trazem várias oportunidades.

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