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economia e mercados

360 Economia e Mercados

  

 

Semanal

Publicação semanal com uma análise dos principais desenvolvimentos da conjuntura económica global, procurando explicar e antecipar os seus impactos nos mercados financeiros. Esta publicação apresenta também, de uma forma sistematizada, as expectativas e previsões do Research do novobanco para a economia global e para a economia portuguesa.

Setembro

  • A subida da taxa de desemprego nos EUA alimentou, no início de Agosto, receios de uma recessão, levando o mercado a rever em baixa as expectativas para a taxa fed funds. Estes receios atenuaram-se em meados do mês, após a divulgação de um desempenho mais forte que o esperado das vendas a retalho e de uma descida da inflação, para 2.4% YoY, que ajudaram a recuperar a ideia de um soft landing na economia americana. Neste quadro, as acções registaram quedas expressivas no início de Agosto e uma forte recuperação a partir de meados do mês (com alguma rotação para fora do sector tecnológico). O mercado continuou a antecipar descidas agressivas dos juros por parte do Fed (em torno de 100 bps até final do ano). O Fed sinalizou a intenção de iniciar um ciclo gradual de descida da sua taxa directora já a partir de Setembro, com um maior foco nos riscos de subida do desemprego.

  • Na Zona Euro, a inflação caiu, em Agosto, de 2.6% para 2.2% YoY, enquanto o sentimento e a actividade, em particular nos serviços, se mostraram suportados (em parte, com o contributo dos Jogos Olímpicos em França). O crescimento económico mantém-se, contudo, enfraquecido. O mês foi também marcado pelo aumento da tensão geopolítica no Médio Oriente, com receios de uma guerra mais alargada envolvendo Israel e o Irão. O preço do petróleo (Brent) subiu de USD 72.3 para 82.3/barril entre 5 e 12 de Agosto, recuando entretanto para USD 76.8/barril, dada a perspectiva de moderação da procura global. As yields dos Treasuries a 2 e 10 anos recuaram 34 e 13 bps em Agosto. Embora caindo no início do mês, a yield do Bund a 10 anos acabou por se manter em torno de 2.3%. O ouro subiu 3.1% no mês, atingido novos máximos históricos, acima de USD 2531/onça.

  • Para a volatilidade nos mercados em Agosto contribuiu, também, o facto de o BoJ ter elevado os juros de referência no final de Julho, de 0%-0.1% para 0.25%, um máximo desde 2008, deixando inicialmente aberta a porta a novas subidas e pressionando em alta o iene. O mercado receou a reversão do lucrativo carry trade possibilitado, nos últimos anos, pelo financiamento a baixos juros no Japão e posterior investimento em activos de maior retorno noutras economias. O iene apreciou de USD 161.7 na última semana de Julho para registos em torno de USD/JPY 145. No conjunto de Agosto, o dólar depreciou 2.9% em termos efectivos (-2.6% vs. EUR), tocando em mínimos do ano.  
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Agosto

  • Sinais de deterioração da actividade económica nos EUA (e.g. subida da taxa de desemprego) alimentaram, no início de Agosto, receios de uma possível recessão. O mercado reviu em baixa as expectativas para a taxa fed funds. A probabilidade atribuída pelo mercado a uma recessão nos EUA atenuou-se, contudo, em meados de Agosto, após a divulgação de um desempenho mais forte que o esperado das vendas a retalho e de uma descida maior que esperada da inflação, suportando um cenário de soft landing na economia americana. Mantém-se a expectativa de início da descida dos juros de referência pelo Fed em Setembro. As yields dos Treasuries a 2 e 10 anos recuaram 22 e 17 bps em Agosto. A yield do Bund a 10 anos caiu de 2.31% para 2.23% no mesmo período.
  • O quadro atrás descrito alimentou uma forte volatilidade no mercado accionista, com fortes quedas no início de Agosto e uma forte recuperação em meados do mês. Para a aversão ao risco contribuiu, também, o facto de o Banco do Japão ter elevado os juros de referência no final de Julho, de 0%-0.1% para 0.25%, deixando inicialmente aberta a porta a novas subidas. O iene intensificou o movimento de apreciação face ao dólar. Estes desenvolvimentos alimentaram receios de um fim do carry trade possibilitado, nos últimos anos, pelo financiamento a baixos juros no Japão e posterior investimento em activos de maior retorno nas economias desenvolvidas e emergentes. Perante o aumento da volatilidade, o BoJ sinalizou uma pausa na subida da taxa directora. O iene recuou para USD/JPY 149, evoluindo agora em USD/JPY 146.1.
  • As últimas semanas foram também marcadas pelo aumento da tensão geopolítica no Médio Oriente, com receios de uma guerra mais alargada envolvendo Israel e o Irão. O preço do petróleo (Brent) subiu de USD 72.3 para 82.3/barril entre 5 e 12 de Agosto, recuando entretanto para USD 79.2/barril. A guerra na Ucrânia e as eleições nos EUA deverão também marcar as próximas semanas.

 

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Julho

  • O cenário central de soft landing – com descida da inflação, arrefecimento do mercado de trabalho (mas taxas de desemprego baixas) e crescimento assente na resiliência do consumo e serviços – tem vindo a concretizar-se.

  • Com a expectativa de descida da inflação e preocupações com a actividade, o Fed e o BCE poderão cortar juros (mais) 1 ou 2 vezes até final do ano. Mas o foco é o alívio da restritividade e não o estímulo ao crescimento.

  • Incerteza e riscos (geo)políticos poderão intensificar-se até final do ano (e.g. EUA, França, Ucrânia, Médio Oriente). 
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  • A tentativa de assassinato de Donald Trump deverá reforçar a probabilidade atribuída pelo mercado a uma vitória do ex-Presidente nas eleições de Novembro. Esta expectativa poderá favorecer o chamado Trump trade

  • …que se posiciona para juros mais elevados (com um défice Federal e uma inflação maiores) e um dólar mais forte. Mas no curto prazo, a expectativa reforçada de cortes de juros pelo Fed deverá pressionar yields em baixa.

  • O BCE deverá manter os juros e uma postura cautelosa. Mas com a inflação a descer, cortes estarão a caminho. 
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  • Contrariando as sondagens, a NFP venceu a 2ª volta das eleições em França, seguido do Ensemble (de Macron) e do RN (de Le Pen). Nenhuma força obteve maioria, pelo que será difícil gerar apoio para um Governo estável.

  • A reacção inicial do mercado foi benigna (nos spreads da dívida francesa, nas acções e no euro), no pressuposto de que, com um parlamento dividido, um novo Governo não poderá fazer grandes “estragos” orçamentais.

  • Mas um Governo de serviços mínimos não lidará com o actual défice e dívida públicos elevados. Riscos persistem.  
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  • Apesar da descida do Misery index (que agrega as taxas de inflação e de desemprego), e não obstante a resiliência demonstrada pelas principais economias, observa-se um recuo do sentimento económico...

  • …com a persistência de preços elevados, impactos económicos das guerras e crispação e indefinição política.

  • Mercado com reacção inicial favorável aos resultados das eleições em França, com cenário de parlamento dividido e maior dificuldade de aprovação de agendas orçamentais expansionistas. Mas incerteza deve manter-se elevada.   
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