economia e mercados
360 Economia e Mercados
Semanal
Publicação semanal com uma análise dos principais desenvolvimentos da conjuntura económica global, procurando explicar e antecipar os seus impactos nos mercados financeiros. Esta publicação apresenta também, de uma forma sistematizada, as expectativas e previsões do Research do novobanco para a economia global e para a economia portuguesa.
Janeiro 2025
Dezembro 2024
- Esta 4ª feira, o Fed deverá cortar a target rate dos fed funds em 25 bps, para 4.25%-4.5%. Recentemente, o Chair Powell referiu que o Fed deve ser mais cauteloso na descida dos juros, admitindo que o crescimento da actividade e a inflação nos EUA se têm revelado mais elevados que o esperado. Os sinais de ligeiro arrefecimento do mercado de trabalho (e.g. tendências de subida da taxa de desemprego e de moderação dos payrolls) e a expectativa de que a inflação irá prosseguir um movimento descendente validam a decisão de uma descida dos juros na reunião desta semana. Sem alterações nos juros, a política monetária tornar-se-ia indesejavelmente mais restritiva.
- Mas depois desta descida, vemos como provável uma pausa do Fed na próxima reunião de política monetária. E, no conjunto de 2025, o Fed poderá reduzir a target rate dos fed funds apenas mais uma ou duas vezes, para uma “taxa terminal” em torno de 3.75%-4%. Para além da robustez da actividade económica e da persistência da inflação, o Fed poderá ter que enfrentar um aumento das expectativas de inflação, associado à agenda económica da nova Administração Trump (imigração mais restritiva, maior escassez de mão de obra, possível imposição de tarifas, descida dos impostos). Em todo o caso, a imprevisibilidade em torno da actuação de Trump no seu segundo mandato alimentam uma incerteza muito elevada em torno destas projecções.
- O BCE reduziu os juros de referência em 25 bps, deixando a taxa da facilidade de depósito em 3%, e reforçou, implicitamente, as expectativas de continuação dos cortes dos juros ao longo de 2025. As projecções para o crescimento e a inflação foram revistas em baixa e, mais relevante, deixou cair a referência à necessidade de a política monetária se manter restritiva. Com os riscos para o crescimento do PIB da Zona Euro enviesados em baixa e com a inflação vista a convergir para a meta em 2025-26, vemos o BCE a reduzir os juros de referência em todas as próximas reuniões de política monetária, para uma “taxa terminal” em torno de 1.75%.
RETOMAREMOS A PUBLICAÇÃO DO “360 Economia e Mercados SEMANAL” NO DIA 6 DE JANEIRO DE 2025
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- Esta semana, o BCE deverá cortar os juros de referência em 25 bps, levando a taxa de juro da facilidade de depósito para 3%. As projecções para o PIB e para a inflação da Zona Euro deverão ser revistas em baixa.
- Um corte de 50 bps pode ser discutido, dados os riscos para o outlook associados à recente deterioração da confiança (e.g. França. Alemanha). BCE deve manter-se data dependent, pronto a agilizar a política monetária.
- China anuncia políticas expansionistas para 2025. Coreia do Sul e Síria alimentam incerteza geopolítica.
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- A divergência entre os EUA e a Zona Euro (ao nível do crescimento, inflação e juros) deve manter-se em 2025.
- Em França, o Governo accionou o Artº 49.3 da Constituição, forçando a aprovação do OE2025 sem votação na Assembleia. Mas este mecanismo abriu também as portas à votação de uma moção de censura (já esta 4ª feira).
- No caso de votação favorável pelo RN e pela NFP, o Orçamento é chumbado e o Governo cai. Sem eleições até Jun’25, sobem os riscos orçamentais e para o crescimento. Mercado com reacção adversa mas, para já, contida.
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