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economia e mercados

24 Economia e Mercados

  

 

Diário

Publicação diária com os principais indicadores dos mercados financeiros (ações, obrigações, mercado monetário, taxas de câmbio, commodities) e com a análise dos principais “market movers” do dia, incluindo os indicadores de atividade económica, as decisões de política monetária e os eventos políticos mais relevantes.

Julho

  • Depois de duas sessões de desvalorização do mercado de acções, muito alimentada pelo recuo do sector tecnológico, as principais praças da Europa registam subidas moderadas esta manhã. O Euro Stoxx 600 ganha 0.5%, com as tecnológicas a recuperarem 0.3%. O sector automóvel, que também foi muito pressionado ontem, ganha hoje 0.5% na Europa. Já esta manhã, a Mercedes-Benz anunciou que reviu em baixa a sua previsão para a margem no conjunto do ano, por força da queda de 19% nas vendas do 2º trimestre.

  • Depois de uma trajectória de forte apreciação do iene face ao dólar, a divisa japonesa prolonga a descida de ontem, para USD/JPY 154.4 esta manhã. Nas acções, nota para a perda de 4.3% da praça de Taiwan, na reabertura após 2 sessões sem transacções devido à passagem do tufão Gaemi. A cotação da TSMC caiu 5.6%. No mercado obrigacionista, a yield chinesa a 10Y desceu para 2.17%, um novo mínimo histórico.

  • Ontem foi conhecida aceleração mais forte que a esperada da economia americana no 2º trimestre de 2024, de 1.4% para 2.8% em termos trimestrais anualizados. A favorecer este desempenho terá estado o aumento da procura por parte das famílias. No mercado do trabalho, os novos pedidos de subsídio de desemprego caíram mais que o esperado na última semana, para 235 milhares, mas permaneceram acima da média do ano. Hoje será conhecido o registo de Junho do deflator das despesas de consumo pessoal nos EUA.
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  • Esta 5ª feira está a ser marcada por perdas expressivas dos  mercados accionistas a nível global, depois de ontem os índices de referência norte-americanos terem encerrado em forte queda, liderada pelo sector tecnológico. Os receios dos investidores prendem-se, por um lado, com os sinais cada vez mais claros de arrefecimento da actividade nos EUA e na Zona Euro. Por outro lado, parece estar a haver uma reavaliação do sector tecnológico, após o forte desempenho dos últimos meses. Na Alemanha, o índice IFO de clima empresarial caiu inesperadamente em Julho, de 89 para 87 pontos, em linha com a deterioração dos índices PMI ontem conhecida.

  • Já esta manhã, o Banco Central da China reduziu a medium-term lending facility em 20 bps, para 2.3%, dias depois de ter anunciado a descida de outras taxas de referência. O Banco do Canadá reduziu ontem a taxa de juro de referência em 25 bps pela 2ª reunião consecutiva, para 4.5%, sinalizando novas descidas. A apreciação do iene ganhou força (USD/JPY 152.3). Este avanço da divisa nipónica amplia para 6.2% o ganho face ao dólar desde 3 de Julho, e está a ser impulsionado pela convicção crescente de uma nova subida da taxa de juro de referência pelo Banco do Japão na reunião da próxima semana.

  • Queda das vendas de novas habitações nos EUA em Junho, pelo 2º mês consecutivo, para o nível mais baixo dos últimos 7 meses. Bill Dudley, antigo Presidente do Fed de Nova Iorque, defendeu um corte dos juros de referência já na reunião de 31 de Julho, dado o arrefecimento da actividade. Embora o mercado tenha continuado a antecipar que o Fed aguardará por Setembro para um 1º corte dos juros, as yields dos prazos mais curtos caíram ontem. A taxa do Treasury a 2 anos regressou abaixo de 4.40%, o que não ocorria desde Fevereiro. Destaque-se hoje a divulgação dos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA na passada semana.
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  • A manhã desta 4ª feira está a ser marcada por uma desvalorização generalizada dos mercados accionistas europeus e asiáticos, depois de uma sessão também negativa dos índices de referência norte-americanos. Destaca-se a queda dos títulos do Deutsche Bank, depois da apresentação de um resultado negativo no 2º trimestre, o que ocorreu pela primeira vez nos últimos 4 anos. Os primeiros resultados já conhecidos para as Magnificent Seven – nomeadamente os da Tesla e da Alphabet – não foram suficientemente fortes para que os investidores mantivessem a confiança na continuação de um forte desempenho do sector tecnológico.

  • O sentimento dos investidores está também a ser penalizado esta 4ª feira pela evolução dos indicadores macroeconómicos conhecidos esta manhã para a economia europeia. Os índices PMI revelaram um desempenho claramente abaixo do esperado no mês de Julho, apontando para uma nítida desaceleração da actividade na Zona Euro à entrada do 3º trimestre. O índice compósito caiu de 50.9 para 50.1 pontos, nível mais baixo desde Fevereiro, sinalizando um crescimento apenas marginal da actividade.

  • Refira-se a apreciação do iene, pela 3ª sessão consecutiva, tendo a cotação USD/JPY assumido valores inferiores a 155 pela 1ª vez desde o início de Junho, reflectindo a convicção do mercado num novo movimento de subida dos juros de referência pelo Banco do Japão, mesmo que tal possa não suceder já na reunião da próxima semana. Esta 4ª feira merecerá destaque, nos EUA, a divulgação das vendas de novas habitações em Junho e dos resultados da IBM. 
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  • As praças europeias abriram sem uma trajectória clara nas acções. O mercado foca-se sobretudo na earnings season do 2º trimestre e na consolidação de expectativas sobre a actual conjuntura. O Sabadell reportou hoje resultados mais fortes que o esperado. No mercado americano, serão hoje conhecidas as contas da Alphabet, Coca-Cola, Tesla e Visa. Kamala Harris terá conseguido assegurar um número mais que suficiente de delegados para ser nomeada candidata do Partido Democrata nas Presidenciais de Novembro nos EUA.

  • Euro pressionado pelo reforço da expectativa de que o BCE poderá cortar os juros de referência na reunião de 11-12 de Setembro. O Vice-Presidente do BCE, Luis de Guindos afirmou que a reunião de Setembro é uma melhor data para tomar decisões sobre a política monetária (vs. Julho), dado que nessa altura a autoridade monetária terá mais e melhor informação para analisar a conjuntura. Iene aprecia, com expectativa de que o Banco do Japão poderá elevar os juros de referência na reunião da próxima semana (cenário a que o mercado atribui uma probabilidade de ocorrência de 44%).  

  • No mercado obrigacionista, as yields soberanas registam uma tendência de descida ligeira na Zona Euro, favorecida pela expectativa de corte de juros em Setembro. Nos EUA, a curva de rendimentos segue praticamente inalterada, enquanto que, no Reino Unido, assiste-se a uma subida das yields, para 4.1925% nos 10Y.       
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  • A semana inicia-se com ganhos nos principais índices accionistas europeus (+0.6% no Euro Stoxx 600), recuperando parcialmente das quedas registadas na última semana. A reacção do mercado ao anúncio de Joe Biden de abandonar a corrida à Presidência dos EUA (e à sua provável substituição por Kamala Harris) é, para já, pouco significativa, com a yield do Treasury a 10 anos a recuar 3 bps, para 4.21%, e o dólar a depreciar 0.1% em termos efectivos (recorde-se que o Trump trade, associado à expectativa de vitória Republicana nas eleições de Novembro, favorecia subidas dos juros).

  • Na China, o PBoC reduziu algumas taxas de juro de referência (descida das 1 e 5Y loan prime rates em 10 bps, para 3.35% e 3.85%), procurando estimular a actividade. Nos EUA, o PIB (a divulgar esta semana) terá crescido 1.9% QoQ anualizado no 2Q, depois de 1.4% no 1Q. Em Junho, o consumo pessoal das famílias americanas terá crescido 0.3% MoM, vs. 0.2% no mês anterior. A inflação medida pelo deflator do consumo pessoal deverá ter recuado de 2.6% para 2.5% YoY em Junho, com o registo core a manter-se estável em 2.6% YoY. Estes indicadores deverão validar a postura cautelosa do Fed, que favorece a manutenção da target rate dos fed funds no final de Julho, adiando um possível 1º corte para Setembro.  

  • Na Zona Euro, os indicadores a divulgar esta semana deverão sugerir uma ligeira melhoria da confiança empresarial em Julho. Os PMIs deverão apontar para uma atenuação da queda da actividade na indústria e para uma pequena aceleração da actividade nos serviços. Também este mês, ter-se-á observado uma melhoria da confiança dos consumidores da Zona Euro, bem como uma descida das suas expectativas de inflação. Na earnings season, estarão em destaque os sectores tecnológico e de consumo.
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  • Problemas informáticos ainda não totalmente identificados – com provável origem na empresa de cybersegurança CrowdStrike e em sistemas da Microsoft (Azure e 365) – estão a afectar as operações de várias empresas por todo o mundo. O transporte aéreo está a ser fortemente penalizado, com voos a serem adiados em vários aeroportos. Estes problemas provocaram um ligeiro e pontual movimento de risk-off nos mercados de dívida e cambial, mas que foi já revertido.

  • O BCE manteve inalterados os instrumentos de política monetária, como esperado, conservando assim a taxa de facilidade de depósitos em 3.75%. Lagarde deixo aberta a possibilidade (ou não) de corte de juros em Setembro, reforçando o carácter data dependent da decisão. Segundo a Chair do BCE, o aumento dos salários deverá abrandar a médio prazo, mas permanecer elevado no curto prazo, alimentando pressões inflacionistas. Lagarde afirmou esperar que o crescimento da Zona Euro tenha abrandado ligeiramente no 2Q 2024.

  • O mercado reagiu com um ligeiro adiamento das expectativas de corte das taxas directoras do euro. As yields soberanas registaram pequenas subidas, que prosseguem esta manhã. Nos câmbios, o euro prolonga a descida de ontem face ao dólar, para EUR/USD 1.088. No plano político, nota para a reeleição de Ursula von der Leyen para Presidente da Comissão Europeia, nos próximos 5 anos. 
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  • O sentimento dos investidores mantém-se penalizado pela possibilidade de introdução pela Administração Biden de novas restrições às exportações de tecnologia avançada para a China, incidindo particularmente sobre as empresas de semicondutores. O índice Nasdaq sofreu uma queda de 2.8%, a maior desde o final de 2022. A sessão de ontem ficou marcada, tal como a de terça-feira, por uma desvalorização das grandes empresas do sector tecnológico, contrastando com ganhos em sectores mais cíclicos, mais sensíveis ao ciclo de descida de taxas de juro que se antecipa.

  • Destaque-se o avanço da cotação do ouro, que atingiu ontem um novo máximo de USD 2483/onça, valorizando assim quase 20% desde o início do ano. A contribuir para esta evolução está a perspectiva de descida de taxas de juro nos EUA, ontem reforçada por comentários de Christopher Waller, do Conselho de Governadores do Fed. O ouro tem sido também favorecido pelas compras levadas a cabo por bancos centrais e pelas tensões geopolíticas. A cotação do ouro situa-se hoje em torno de USD 2472/onça.

  • Na Zona Euro, o dia será dominado pela reunião de política monetária do BCE. A autoridade monetária europeia deverá manter inalteradas as taxas de juro de referência, após a descida de 25 bps anunciada na reunião de Junho. Tanto o comunicado como a Presidente Christine Lagarde deverão reafirmar a mensagem transmitida no Fórum de Sintra, de que é necessária mais informação acerca da evolução da inflação antes de proceder a novos movimentos de corte dos juros.     
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  • A manhã desta 4ª feira está a ser marcada por uma apreciação da libra, que ascende a níveis superiores a GBP/USD 1.30, o que não sucedia há um ano. Esta evolução acompanha a diminuição da probabilidade atribuída a um corte da Bank rate pelo Banco de Inglaterra na reunião de Agosto (para 37%), depois de a inflação de Junho se ter revelado menos favorável que o esperado.

  • Na actualização do seu outlook, o FMI manteve a expectativa de crescimento da economia global em 2023 em 3.2% e elevou a previsão para 2024 em uma décima, para 3.3%. A instituição nota que a descida da inflação em várias economias avançadas – sobretudo no sector dos serviços – tem decorrido a um ritmo mais lento que o esperado e alerta para o risco de os juros se manterem elevados por um período mais prolongado.

  • Os mercados accionistas europeus prosseguem hoje a tendência negativa dos últimos dias, destacando-se a queda de cerca de 8% da ASML, penalizada pela notícia de que a Administração Biden está a considerar restrições mais severas às empresas que permitam o acesso da China a tecnologia avançada no sector. Nos EUA, o S&P 500 e o Dow Jones encerraram ontem em novos máximos, beneficiando dos bons resultados do Bank of America e UnitedHealth Group e da convicção de que o Fed levará a cabo pelo menos 2 cortes da taxa fed funds até ao fim do ano. As vendas a retalho nos EUA revelaram um desempenho melhor que o esperado em Junho
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  • A sessão desta terça-feira arranca com uma descida da curva de rendimentos americana, reflectindo o reforço das expectativas de que o Fed se prepara para iniciar o ciclo de descida dos juros na reunião de Setembro. A favorecer este movimento esteve o tom dovish do comentário de ontem de Jerome Powell, declarando que o Fed não esperará que a inflação recue para o target de 2% antes de reduzir a taxa directora. Hoje serão conhecidas as vendas a retalho de Junho nos EUA e o índice NAHB de sentimento na construção em Julho.

  • Na Europa, assiste-se a um movimento de descida das yields soberanas. No mercado accionista, os índices abriram com perdas, reflectindo os resultados mais fracos divulgados por algumas empresas. A Rio Tinto divulgou um guidance mais fraco que o esperado para o negócio do cobre. Ontem, a Goldman Sachs apresentou resultados mais fortes que o esperado no 2Q. Igualmente positivas foram as contas apresentadas pela BlackRock. Hoje serão conhecidas as contas do Bank of America e Morgan Stanley.

  • O dólar prossegue em alta ligeira, levando a cotação EUR/USD para 1.09. O Trump trade dominou a sessão de ontem nos EUA, favorecendo o dólar e, nas acções, os sectores tidos como mais protegidos por uma vitória de Trump em Novembro (e.g. petrolíferas, seguros de saúde, Tesla). Os sectores tidos como favorecidos pelas políticas democratas, como as energias renováveis, recuaram.
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  • O PIB da China desacelerou de 1.5% para 0.7% QoQ e de 5.3% para 4.7% YoY no 2Q’24, mais que o esperado, reflectindo uma procura interna ainda enfraquecida e a persistência de problemas no sector imobiliário. As vendas a retalho de Junho viram a respectiva variação homóloga recuar de 3.7% para 2%, muito abaixo do esperado, enquanto a produção industrial cresceu 5.3% YoY, vs. 5.6% no mês anterior. A economia da China continuará em foco esta semana, com a realização da terceira reunião plenária do Comité Central do Partido Comunista chinês. No passado, foi comum saírem desta reunião importantes anúncios de política económica.

  • Os índices accionistas europeus abriram a semana em queda (-0.37% no Euro Stoxx 600), em parte reflectindo o fraco desempenho da economia da China. A tentativa de assassinato de Donald Trump é vista pelos investidores como reforçando a probabilidade da sua eleição como Presidente dos EUA, um cenário associado a cortes de impostos, desregulação e políticas proteccionistas. Neste sentido, o mercado reagiu inicialmente com uma subida das yields dos Treasuries, uma apreciação do dólar, uma queda do peso mexicano e a penalização das acções europeias. O desempenho da economia da China levou, também, a quedas nos preços das commodities (-0.2% no Brent; -0.39% no cobre).

  • Esta semana, o BCE deverá manter os juros de referência inalterados e reafirmar uma postura data dependent. Espera-se, contudo, uma mensagem de confiança de que a inflação continuará a seguir uma tendência de descida para a meta. O Parlamento Europeu vota a reeleição de Von der Leyen como Presidente da CE. Nos EUA, esperam-se registos desfavoráveis para as vendas a retalho e housing starts de Junho. O Fed publica o Beige Book e tem lugar a Convenção do Partido Republicano. TSMC, ASML, Netflix e BlackRock apresentam resultados.
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  • As principais praças da Europa abrem a sessão com ganhos nas acções. Nova queda dos preços no comércio grossista da Alemanha em Junho (-0.6% YoY), reforçando os sinais de alívio das pressões inflacionistas nesta economia. Na China, as exportações aceleraram para 8.6% YoY. Este resultado, aliado a uma queda inesperada das importações (de 2.3% YoY), levou o excedente da balança da balança de bens a atingir um novo máximo histórico em Junho (USD 99 mil milhões no mês).

  • Reforço das expectativas de que o Fed poderá iniciar o ciclo de corte de juros já na reunião de Setembro (cenário a que o mercado atribui agora uma probabilidade de 100%, vs. 78% no fecho de 4ª feira). Na base deste movimento esteve a descida mais forte que a esperada da inflação nos EUA (medida pelo IPC), de 3.3% para 3% YoY em Junho, um mínimo desde Junho de 2023. A componente core registou uma queda inesperada, de 3.4% para 3.3% YoY, um mínimo desde Abril de 2021.

  • A PepsiCo arrancou a earnings season do 2º trimestre com tom misto, com resultados acima do esperado, mas uma revisão em baixa das expectativas para a receita. A Delta Airlines desiludiu ao nível do guidance. O foco volta-se hoje para as contas do JPMorgan Chase, Citigroup e Wells Fargo. As previsões dos analistas apontam para um aumento agregado dos resultados das cotadas no S&P 500 de 8.8% YoY, um máximo desde 2022.
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  • Os mercados accionistas europeus e asiáticos prosseguem, esta manhã, um movimento generalizado de valorização, depois de os índices S&P e Nasdaq terem ontem subido mais de 1%, voltando a renovar os respectivos máximos históricos, impulsionados pelo sector tecnológico. A consolidação da expectativa de que o Fed dará início a um ciclo de descidas dos juros de referência na parte final do ano constitui o principal factor na base desta evolução positiva dos mercados accionistas.

  • Jerome Powell admitiu ontem que não é necessário que a inflação homóloga regresse a 2% para que o Fed inicie uma descida dos juros e reconheceu ontem que o mercado de trabalho arrefeceu “de forma significativa”. No entanto, afirmou que o Fed “tem ainda trabalho por fazer” no combate à inflação, não estando ainda “suficientemente confiante” na sua descida para o objectivo. A sessão de hoje deverá ser dominada pela divulgação da inflação de Junho nos EUA, pelas 13h30. É esperada uma subida mensal dos preços de 0.1%, que propiciaria uma descida da taxa de inflação homóloga de 3.3% para 3.1%.

  • O economista-chefe do Banco de Inglaterra afirmou ontem que o timing de uma descida da taxa de juro de referência é ainda “uma questão em aberto”, manifestando preocupação quanto à persistência da inflação a níveis relativamente altos. Reduziu-se a probabilidade atribuída pelo mercado a um corte da Bank rate na reunião de 1 de Agosto, para 51%. Já hoje, foi conhecida a estimativa de um crescimento mensal do PIB de 0.4% em Maio, acima do esperado. A libra aprecia, para GBP/USD 1.287 (máximo desde Abril).
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam esta 4ª feira variações ligeiras, na sua maioria em alta, depois de, nos EUA, os índices S&P 500 e Nasdaq terem ontem renovado os respectivos máximos históricos. Na Europa, contudo, a sessão de terça-feira ficou marcada por perdas dos mercados accionistas, lideradas pelo índice CAC 40, que recuou pelo 3º dia consecutivo. O risco político continua a pressionar os activos franceses, com a incerteza em torno da formação de um novo Executivo.

  • Perante o Senado dos EUA, Jerome Powell voltou a defender a necessidade de mais sinais de descida da inflação para o objectivo de 2% antes de o Fed ponderar um alívio da política monetária. O seu discurso foi equilibrado, tendo defendido que “a inflação elevada não é único risco” que se coloca à economia americana, acrescentando que “as condições do mercado de trabalho têm arrefecido de forma considerável”. Powell absteve-se, no entanto, de sinalizar o momento de um primeiro movimento de descida dos juros. As expectativas do mercado não se alteraram, sendo um primeiro corte em Setembro visto com uma probabilidade de 72%. Dois cortes até ao fim do ano são antecipados na totalidade. Powell intervirá esta tarde perante a Câmara dos Representantes. Na 5ª feira será conhecida a inflação de Junho.

  • Na China, os preços no consumidor desaceleraram em Junho, tendo a taxa de inflação homóloga recuado de 0.3% para 0.2%, contrastando com a expectativa de uma subida. Embora os preços da alimentação tenham permanecido o principal factor a pressionar a inflação em baixa, estes dados ilustram uma debilidade mais alargada do consumo. 
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  • O CAC 40 prossegue em baixa (-0.5%), pressionado pelo clima de incerteza alimentado pela situação política em França. O Primeiro-Ministro Gabriel Attal apresentou ontem a sua demissão, mas o Presidente Macron pediu-lhe para se manter no cargo "para garantir a estabilidade do país“.No mercado obrigacionista, a curva de rendimentos francesa regista subidas moderadas, de 2 bps nos 10Y, mantendo-se o respectivo spread face à Alemanha em 63 bps.  

  • Esta tarde, nos EUA, serão divulgados os dados de inflação em Junho, medidos pelo IPC. É esperada uma nova descida da medida headline, para 3.1% YoY, mas com a componente core a permanecer inalterada em 3.4% YoY. Nota, ainda, para o testemunho do Chair do Fed, Jerome Powell, perante o Senate Banking Committee. As yields dos Treasuries seguem em alta esta manhã, em linha com a tendência das últimas sessões. A nível político, destaque para o início da Cimeira da NATO, em Washington.

  • No Reino Unido, a Chancellor Rachel Reeves apresentou ontem as linhas orientadoras do novo Executivo, declarando que o foco estará em estimular o crescimento da economia. Reeves reforçou o compromisso do Labour em aumentar a oferta de habitação, com a construção de 1.5 milhões de novos fogos nos próximos 5 anos. Dados divulgados esta manhã sugerem que as vendas a retalho caíram inesperadamente em Junho (-0.5% YoY), pressionadas pelas temperaturas mais baixas que se fizeram sentir na primeira metade do mês.       
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  • A 2ª volta das eleições legislativas em França, que decorreu este Domingo, conduziu a um parlamento fragmentado em 3 grandes blocos. A Nova Frente Popular, coligação de esquerda, foi a força mais votada, conseguindo 182 dos 577 deputados da câmara baixa da Assembleia Nacional. Em 2º lugar ficou a coligação Ensemble, do Presidente Macron, com 168 deputados e em 3º o Rassemblement National, com 143. Com estes resultados, é grande a incerteza em torno da formação de um novo Executivo. A reacção do mercado parece, de momento, reflectir uma postura de wait and see. Os mercados accionistas apresentam ganhos ligeiros, com o CAC 40 a subir 0.2%. As yields da dívida francesa sobem apenas marginalmente, com o spread da taxa a 10 anos face à Alemanha a reduzir-se marginalmente, para 64 bps. O euro permanece em EUR/USD 1.083.  

  • Na 6ª feira, os dados referentes ao mercado de trabalho americano em Junho revelaram um arrefecimento mais claro. Foram criados no passado mês 206 mil postos de trabalho (acima do esperado), mas os registos dos dois meses anteriores foram revistos em baixa, num total de 111 mil. Estes sinais mais evidentes de deterioração das condições do mercado de trabalho (seguindo-se à acentuada quebra do índice ISM dos serviços) levaram a um incremento da probabilidade de uma primeira descida da taxa de juro do Fed até Setembro para 78%. O S&P 500 e o Nasdaq encerraram a semana em novos máximos. As yields dos Treasuries caíram 10 bps a 2 anos e 8 bps a 10 anos.

  • Esta semana, merecem destaque, nos EUA, a divulgação dos dados de inflação em Junho (terça-feira) e as intervenções do Chair do Fed, Jerome Powell, perante o Senado (terça) e a Câmara dos Representantes (4ªf). Espera-se uma descida da inflação homóloga total, mas a manutenção da medida core em 3.4%. Os principais bancos dos EUA, incluindo o JPMorgan e o Citi, apresentarão na 6ª feira os resultados referentes ao 2º trimestre, dando assim início à earnings season
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  • Ganhos nos mercados de acções da Europa, em linha com o fecho de ontem. O CAC 40 de Paris sobe cerca de 0.5%, animado pela expectativa de que o Rassemblement National não conseguirá alcançar uma maioria absoluta na 2ª volta das legislativas francesas, que decorrerão este Domingo. Nos câmbios, o euro prossegue em alta esta manhã, cotando face ao dólar acima de EUR/USD 1.082. Os investidores estão expectantes quanto à divulgação do relatório sobre o mercado do trabalho americano em Junho, esta tarde.

  • No Reino Unido, o Labour alcançou uma maioria esmagadora nas eleições legislativas de ontem, tendo elegido 410 deputados (+212 que em 2019) para os 650 lugares da Câmara dos Comuns. Os Conservadores, que governavam há 14 anos, terão elegido apenas 119 deputados (-249). O mercado reagiu com optimismo a um novo governo liderado por Keir Starmer, com Rachel Reeves como Chancellor of the Exchequer, suportando ganhos moderados no índice accionista FTSE 100 e uma apreciação da libra esterlina.

  • As minutas da última reunião do Conselho de Governadores do BCE revelaram que os policy makers europeus têm dúvidas quanto à recuperação da economia da Zona Euro, dada a anémica evolução que o consumo privado tem evidenciado. Alguns membros do BCE declararam, ainda, terem dúvidas quanto à convergência da inflação para o target de 2% em 2025. Os números de Maio da produção industrial alemã revelaram uma queda inesperada de 2.4% MoM, a pior desde final de 2022.    
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  • Os mercados accionistas europeus e asiáticos apresentam ganhos esta 5ª feira, depois de o S&P 500 e o Nasdaq terem atingidos novos máximos. A sessão de 4ª feira ficou marcada por uma clara descida das taxas da dívida norte-americana (de 7 bps no caso dos 10 anos, para 4.36%) e por um recuo do dólar (EUR/USD 1.080), na sequência da divulgação de um conjunto de dados que ilustra um arrefecimento mais claro da economia dos EUA. Aumentou a expectativa de descida dos juros de referência por parte do Fed ao longo dos próximos trimestres. No Reino Unido têm hoje lugar as eleições gerais, que deverão proporcionar uma vitória clara ao Partido Trabalhista. O índice FTSE avança cerca de 0.5% e a libra apresenta-se estável (GBP/USD 1.275 e EUR/GBP 0.846). Os resultados deverão ser conhecidos a partir das 22h.

  • Um conjunto de dados conhecidos ontem tornou mais evidente a desaceleração em curso da economia dos EUA. O índice ISM para o sector dos serviços caiu de forma abrupta em Junho, apontando para a contracção da actividade ao ritmo mais acentuado desde Abril de 2020. Houve também novos sinais de arrefecimento do mercado de trabalho, com a estimativa do instituto ADP a apontar para uma menor criação de emprego no sector privado em Junho. Celebrando-se esta 5ª feira o Dia da Independência dos EUA, os mercados norte-americanos encontrar-se-ão encerrados.

  • Na Alemanha, as encomendas à indústria caíram 1.6% em Maio face ao mês anterior, agravando a respectiva queda em termos homólogos para -8.6%. Este dado vem juntar-se à deterioração de sentimento e expectativas dos empresários alemães, e aponta para um desempenho débil da indústria na maior economia europeia nos próximos meses.  
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  • A manhã desta 4ª feira está a ser marcada por uma valorização generalizada dos mercados accionistas, depois de o índice S&P 500 ter encerrado ontem num novo máximo histórico, pela primeira vez acima da barreira de 5500 pontos. Destacou-se o ganho da Tesla, de 10.2%, depois de anunciar quedas homólogas das vendas e entregas de veículos no 2Q’24 menores que as esperadas (e subidas face ao trimestre anterior em ambos os indicadores).

  • A contribuir para um maior optimismo dos investidores está também a intervenção de Jerome Powell no Fórum do BCE em Sintra. O Chair do Fed sublinhou o progresso da trajectória de descida da inflação sinalizada pelo registo de Maio. Reiterou, no entanto, o desejo de ter um maior grau de confiança no processo de descida da inflação para o objectivo de 2% antes de avançar para um primeiro corte dos juros de referência. As yields da dívida americana registaram descidas ligeiras, de 3 bps a 10 anos (para 4.43%). No mesmo evento, a Presidente do BCE sublinhou a necessidade de tempo para avaliar a evolução da inflação, sobretudo nos serviços.

  • O Euro Stoxx 600 avança cerca de 0.4%, e o CAC 40 de Paris ganha 0.8%, beneficiando da perspectiva de que o Rassemblement National não conseguirá alcançar uma maioria absoluta na 2ª volta das eleições legislativas em França. Em 215 círculos eleitorais, partidos que se opõem ao RN decidiram unir forças para impedir tal maioria absoluta. O spread da dívida francesa a 10 anos face à Alemanha reduz-se de forma expressiva, para 68 bps (após um máximo de 82 na 5ª feira), favorecendo também o estreitamento dos spreads das economias periféricas da Zona Euro. O euro avança para EUR/USD 1.076. 
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  • As principais praças europeias abriram esta manhã com descidas moderadas nas acções, depois de Christine Lagarde ter afirmado que o BCE não tem ainda evidencia suficiente de que o risco de aumento das pressões inflacionistas tenha sido superado. Segundo os dados divulgados esta manhã pelo Eurostat, a taxa de inflação recuou na Zona Euro de 2.6% para 2.5% YoY em Junho, com a medida core a permanecer inalterada em 2.9% YoY. A inflação nos serviços também se manteve inalterada, em 4.1% YoY.

  • No mercado obrigacionista, assiste-se a um recuo das yields soberanas da Zona Euro, depois das subidas expressivas registadas ontem. A curva de rendimentos dos Treasuries acompanha o movimento de subida, depois de os receios de que uma presidência Trump deterioraria as finanças públicas nos EUA e aumentaria as pressões inflacionistas ter alimentado uma subida das yields americanas na sessão de ontem. O incremento de ontem nas taxas de juro dos Treasuries suporta uma apreciação do dólar.  

  • Nos EUA, os índices accionistas fecharam ontem com subidas ligeiras. A travar uma evolução mais favorável esteve a descida do índice ISM Manufacturing, sinalizando que a actividade industrial voltou a contrair nos EUA em Junho, pelo 3º mês consecutivo. O índice ISM recuou de 48.7 para 48.5 pontos, um mínimo desde Fevereiro, apesar da melhoria da componente de novas encomendas. A descida é explicada, sobretudo, pelas quebras na produção e emprego. Não obstante, refira-se o alívio nos preços pagos.   
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  • O partido de direita populista, nacionalista e eurocéptica Rassemblement National venceu a 1ª volta das eleições legislativas de França (33.15% dos votos), seguido pela coligação de esquerda Nouveau Front Populaire (27.99%). O Ensemble! de Emmanuel Macron ficou em terceiro lugar, com 20.83%. A 2ª ronda das eleições decorrerá já no próximo Domingo, dia 7 de Julho.

  • A menor votação alcançada pelo partido de Marine Le Pen face aos 36% que algumas sondagens previam, e a esperada mobilização contra o RN – que poderá evitar, assim, uma maioria absoluta do RN e fomentar um parlamento fragmentado –, alimentou uma reacção positiva nos mercados, sobretudo nos activos franceses. O índice accionista CAC 40 valoriza esta manhã 1.5% e o spread da taxa da OAT francesa a 10Y face ao Bund alemão recua para 76 bps esta manhã. O euro aprecia para EUR/USD 1.077, um máximo desde 13 de Junho.  

  • Para além da política francesa, destaca-se, na agenda económica para esta semana, o Fórum anual do BCE, no qual policy makers das principais economias intervirão sobre o tema “Monetary policy in an era of transformation”. Na 4ª feira, o foco sobre a evolução da política monetária será reforçado, ainda, pela divulgação das minutas da última reunião do FOMC do Fed. Na 2ª metade da semana, nota novamente para a política europeia, com as eleições legislativas no Reino Unido (5ª feira).  
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Junho

  • Expectativa de alívio da inflação na Zona Euro em Junho. Segundo os números conhecidos já hoje, a taxa de inflação no consumidor recuou em França e Espanha, para 2.1% YoY e 3.4% YoY respectivamente. Esta tarde, será divulgada a evolução do deflator das despesas de consumo pessoal nos EUA em Maio, mantendo a evolução dos preços nas principais economias no centro das atenções dos investidores. É esperada a sinalização, também, de um alívio, para 2.6% YoY tanto na medida headline como na core.

  • Ontem, assistiu-se a um movimento da recuo moderado da curva de rendimentos dos Treasuries, reflectindo um reforço da expectativa de corte de juros pelo Fed este ano. Na base esteve o aumento do número de pedidos recorrentes de subsídio de desemprego na economia americana, para o valor mais elevado desde o final de 2021. Na Zona Euro, a tendência desta manhã é, igualmente, de descida nas yields soberanas de longo prazo. Excepção feita para as yields das OATs, que registam pequenas subidas, na véspera da 1ª ronda das eleições legislativas em França (este Domingo), elevando o spread face à Alemanha para 83 bps nos 10Y (um máximo desde 2012).

  • Nos câmbios, assistiu-se a uma apreciação do dólar esta noite, para cerca de EUR/USD 1.069, depois da fraca performance de Joe Biden no debate presidencial. O movimento de apreciação do dólar foi, entretanto, atenuado, trazendo a cotação EUR/USD para cerca de 1.07 esta manhã. No Japão, a apreciação do dólar levou o iene a recuar para o valor mais enfraquecido desde 1986 (USD/JPY 161.27). Também este movimento se atenua esta manhã, para USD/JPY 160.9.  
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam variações contidas esta 5ª feira, sem direcção bem definida, enquanto na Ásia se registam perdas generalizadas. Na Europa, os mercados estão particularmente expectantes relativamente às eleições legislativas em França dos próximos dois Domingos. Nos EUA, as vendas de novas habitações exibiram uma acentuada queda de 11.3% em Maio face ao mês anterior, o mais recente sinal de que os preços da habitação elevados e a continuação de níveis de juros relativamente altos estão a condicionar o desempenho do mercado imobiliário.

  • Merece destaque, hoje, a divulgação dos novos pedidos de subsídio de desemprego na última semana e das encomendas de bens duradouros em Maio. As yields da dívida pública norte-americana registaram ontem subidas nos prazos mais longos e o dólar ganhou terreno, ainda reflectindo o impacto das palavras de Michelle Bowman, do Conselho de Governadores do Fed, na terça-feira, defendendo ser ainda inadequada uma descida dos juros, dada a persistência de inflação elevada nos serviços. Esta intervenção consolidou, assim, a percepção de “taxas de juro altas durante mais tempo”.

  • A apreciação do dólar foi mais acentuada em relação ao iene, que atingiu esta noite um mínimo desde 1986 (com a cotação USD/JPY em 160.8). Em relação ao euro, a divisa nipónica perdeu também terreno, atingindo EUR/JPY 171.8, a cotação mais enfraquecida desde a criação da moeda única, em 1999. O iene permanece, assim, pressionado pela perspectiva de continuação de uma política monetária consideravelmente mais expansionista do Banco do Japão relativamente à conduzida pelos outros principais bancos centrais. 
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos generalizados esta 4ª feira, acompanhando a tendência observada também na Ásia e depois de uma valorização de 1.3% do índice Nasdaq ontem. A impulsionar o sentimento dos investidores esta manhã estará a consolidação das expectativas de novas descidas dos juros de referência pelo BCE, depois de comentários de Olli Rehn. O Governador do Banco da Finlândia considera “razoáveis” as actuais expectativas do mercado, que apontam para duas descidas adicionais das taxas de juro de referência do BCE até ao final do ano (trazendo a taxa da facilidade de depósito para 3.25%), e outras 4 descidas em 2025.

  • Nos EUA, o índice de confiança dos consumidores apurado pelo Conference Board recuou em Junho, de 101.3 para 100.4 pontos, em resultado de uma deterioração das perspectivas para a economia, para o mercado de trabalho e para o rendimento. Também na Alemanha, foi conhecida já esta manhã uma degradação da confiança dos consumidores, o que, conjugado com a queda dos índices ZEW e IFO de Junho, ilustra os desafios que se colocam ao desempenho da maior economia europeia.

  • O euro recua, para níveis inferiores a EUR/USD 1.07. O debate televisivo da noite passada entre os 3 principais candidatos a Primeiro-Ministro em França revelou as acentuadas divergências nos seus programas económicos, ilustrando a difícil governabilidade do país que pode resultar das eleições legislativas dos próximos dois Domingos, no caso de um parlamento fragmentado. O spread da dívida francesa a 10 anos face à Alemanha mantém-se em 76 bps.  
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  • As praças europeias abriram esta terça-feira com perdas nas acções, lideradas pelo sector tecnológico, em linha com o fecho de ontem dos principais índices americanos. O movimento foi espoletado pela queda de 6.7% na Nvidia, que contagiou todo o sector e suportou perdas de 2.1% no S&P Info Technology e 1.1% no Nasdaq. A desvalorização de ontem da Nvidia prolonga a trajectória das últimas sessões, iniciada depois de esta ter atingido um novo máximo histórico na passada terça-feira.

  • O iene permanece relativamente estável, com a cotação USD/JPY abaixo dos 160. As minutas da última reunião do Banco do Japão, que foram conhecidas ontem, revelaram que os policy makers japoneses estão divididos quanto ao timing para uma eventual nova subida dos juros directores, face ao aumento das pressões inflacionistas. O mercado interpretou o tom das minutas como relativamente hawkish, o que alimentou uma subida da yield japonesa a 10Y para 0.995%, um máximo desde 12 de Junho.

  • No mercado obrigacionista, assiste-se a um recuo ligeiro das yields soberanas da Zona Euro. O spread entre a taxa da dívida de França e da Alemanha a 10 anos prossegue em baixa, recuando para 76 bps esta manhã, depois de ter encerrado a última semana em 80 bps, um máximo intraday desde 2017. Esta noite decorrerá um debate televisivo entre os principais candidatos a Primeiro-Ministro de França. Nos EUA, será conhecido o registo de Junho do índice de confiança dos consumidores, apurado pelo Conference Board.  
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  • Depois de o final da passada semana ter ficado marcado por perdas dos mercados accionistas europeus, registam-se esta manhã ganhos moderados. Na 6ª feira, a descida inesperada dos índices PMI da Zona Euro relativos a Junho, sinalizando uma desaceleração da actividade no final do 2º trimestre, contribuiu para a deterioração do sentimento e para a consolidação da expectativa de uma nova descida de 25 bps dos juros de referência do BCE até Outubro. Já esta manhã, o índice IFO de clima empresarial na Alemanha revelou uma queda inesperada em Junho, de 89.3 para 88.6 pontos, a 1ª em 5 meses, ilustrando os desafios que se colocam à recuperação da maior economia europeia.

  • O spread entre a taxa da dívida de França e da Alemanha a 10 anos reduz-se hoje ligeiramente, para 78 bps, depois de ter encerrado a semana ao nível mais elevado desde 2012 (80 bps). A situação política em França permanecerá seguramente no centro das atenções dos investidores, antes da primeira volta das eleições legislativas antecipadas, no próximo Domingo. As últimas sondagens, conhecidas ao longo da semana, consolidam a expectativa de que o Rassemblement National será a força mais votada, com cerca de 34% dos votos, seguida da coligação de esquerda Nouveau Front Populaire, com 28%.

  • Merece destaque, esta semana, nos EUA, a divulgação (6ª feira) do rendimento e despesa das famílias em Maio e a evolução no mesmo mês do deflator core das despesas de consumo pessoal, medida de inflação mais acompanhada pelo Fed. É esperada uma ligeira desaceleração, com descida das taxas homólogas (de 2.8% para 2.6% na medida core). Na Zona Euro, serão conhecidas as estimativas para a inflação de Junho em França, Espanha e Portugal, na 6ª feira. Na 5ª, a Comissão Europeia divulgará os dados de confiança referentes a Junho. 
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  • Deterioração dos índices de actividade PMI na Zona Euro em Junho, sinalizando que a recente trajectória de recuperação é ainda frágil. A pressionar os indicadores esteve a queda das novas encomendas (a primeira em 4 meses), sobretudo a nível externo, bem como uma deterioração expressiva nas expectativas dos empresários. Mais positiva foi a sinalização de alívio de preços, tanto nos inputs como ao nível das vendas. Foi particularmente evidente a deterioração dos índices PMI em França. O euro recua abaixo de EUR/USD 1.07.

  • O Banco de Inglaterra manteve a Bank rate inalterada em 5.25%, como esperado, mas sugeriu que poderá estar perto de iniciar o ciclo de alívio da restritividade monetária, ao referir que a decisão foi “estreitamente balanceada”. O mercado reagiu com uma antecipação das expectativas de corte dos juros directores, elevando a 96% a probabilidade atribuída a uma descida de 25 bps em Setembro. Já esta manhã, foi conhecida a subida de 2.9% MoM nas vendas a retalho no Reino Unido em Maio, depois de 3 meses de queda.   

  • Nos EUA, foi divulgada a queda de 5.5% MoM na construção de novas habitações em Maio e o recuo de 3.8% MoM no número de novas licenças de construção, ilustrando que a persistência de juros elevados na economia americana estará a condicionar o sector residencial. O número de novos pedidos de subsídio de desemprego desceu apenas ligeiramente, para 238 mil na última semana. Adicionalmente, o aumento do número total de pedidos, o que sugere uma maior dificuldade dos desempregados em encontrarem emprego
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos moderados esta 5ª feira, apontando os futuros norte-americanos também para uma evolução positiva, mantendo-se o entusiasmo em torno do sector tecnológico. O Banco Nacional da Suíça anunciou já hoje uma nova descida da taxa de juro de referência em 25 bps, para 1.25%, justificada pela diminuição de pressões inflacionistas e visará também evitar uma apreciação excessiva do franco suíço (que recua 0.5% face ao dólar e 0.4% face ao euro após o anúncio).

  • Às 12h, o Banco de Inglaterra deverá anunciar a manutenção da Bank rate em 5.25%. Os dados de inflação de Maio, ontem conhecidos, revelando a persistência de pressões inflacionistas significativas nos serviços, levaram o mercado a reduzir a probabilidade de um corte dos juros em Agosto para apenas 35%, antecipando tal movimento na totalidade apenas em Novembro. Nos EUA serão conhecidos hoje os novos pedidos semanais de subsídio de desemprego.  

  • Como esperado, a Comissão Europeia recomendou ontem a abertura de procedimentos por défice excessivo a França, a Itália e a outros 5 Estados-membros (Bélgica, Polónia, Hungria, Eslováquia e Malta) por terem registado um défice orçamental superior a 3% do PIB em 2023. No caso francês, o défice ascendeu a 5.5% do PIB em 2023, sendo grandes os receios de uma deterioração adicional após as eleições legislativas, no caso de uma vitória do Rassemblement Nacional ou do Nouveau Front Populaire, as duas forças políticas que lideram as intenções de voto.  
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  • Depois de ganhos generalizados dos mercados accionistas ontem, as praças europeias apresentam variações contidas esta 4ª feira, sessão em que os mercados nos EUA estarão encerrados. O índice S&P 500 encerrou ontem num novo máximo, impulsionado pelo sector tecnológico e, em particular, pela Nvidia, que valorizou ontem 3.4%, suplantando a Microsoft e a Apple em capitalização bolsista e tornando-se, assim, na empresa de maior valor a nível global. A valorização da Nvidia ascende a 173% só desde o início deste ano, ilustrando o entusiasmo em torno da inteligência artificial.

  • Nos EUA, a produção industrial cresceu 0.9% em Maio face ao mês anterior, em que tinha registado uma estagnação. Do lado do consumo, os sinais foram menos positivos, tendo as vendas a retalho crescido apenas 0.1% em Maio, depois de uma quebra de 0.2% no mês anterior, um desempenho mais fraco que o estimado inicialmente. Tendo em atenção que esta informação é apurada em termos nominais, fica claro o comportamento frágil do consumo das famílias, num contexto de alguns sinais de arrefecimento do mercado de trabalho. As yields da dívida norte-americana recuaram cerca de 5 bps.

  • No Reino Unido, os preços no consumidor subiram 0.3% em Maio, levando a taxa de inflação homóloga a descer, de  2.3% para 2%, situando-se ao nível desejado pelo Banco de Inglaterra pela 1ª vez em quase 3 anos. Contudo, as pressões sobre os preços dos serviços mantêm-se persistentes, desacelerando apenas ligeiramente, de 5.9% para 5.7%. Este facto justificará a apreciação ligeira que a libra revela (EUR/GBP 0.844), que acompanha um decréscimo da probabilidade atribuída a uma descida da Bank rate em Agosto (para cerca de 30%).  
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  • A manhã desta terça-feira arrancou com um tom positivo nas praças europeias, em linha com o fecho de ontem dos índices de acções americanos, que se traduziram em novos máximos históricos no S&P 500 e no Nasdaq. Esta evolução continua a ser alimentada pelo entusiasmo em torno da Inteligência Artificial, bem como pelos sinais resilientes que a actividade económica continua a revelar e pela expectativa de que o Fed cortará os juros de referência ainda este ano.   

  • Em França, a taxa da OAT a 10Y em 3.2%, 3 bps acima da respectiva yield portuguesa. A favorecer a estabilização da curva de rendimentos francesa estiveram as declarações de ontem de Marine Le Pen, líder do Rassemblement National, afirmando que respeita as instituições e que tentará coabitar politicamente com Macron. Nos câmbios, o iene recua 0.2% vs USD, não obstante o Governador Kazuo Ueda ter afirmado perante o parlamento japonês que o banco central pode voltar a subir os juros directores em Julho, caso os indicadores económicos o justifiquem.

  • Esta manhã, foi conhecida uma subida ligeira do índice ZEW de expectativas para a economia alemã em Junho. Esta evolução, abaixo do esperado, é justificada por uma deterioração da avaliação da actual conjuntura. Ontem, foi divulgada uma estabilização da actividade industrial na região de Nova Iorque em Junho, mas ainda sugerindo uma contracção
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  • Os mercados accionistas europeus iniciam a semana com ganhos ligeiros, após as fortes perdas sofridas na passada semana. Mantém-se, no entanto, muito elevada a incerteza em torno das eleições legislativas em França (a 30 de Junho e 7 de Julho), o que é visível na nova subida das yields da dívida francesa (para 3.20% a 10 anos), ampliando o respectivo spread face à dívida alemã para 81 bps, um novo máximo desde 2017. As sondagens mais recentes sugerem a permanência do Rassemblement National a liderar as intenções de voto, seguido pela grande coligação de esquerda formada nos últimos dias.   

  • A informação conhecida já esta 2ª feira para a economia chinesa aponta para um abrandamento expressivo da produção industrial e para um acentuar da quebra do sector imobiliário, aumentando a expectativa de que as autoridades poderão ser forçadas a incrementar a liquidez no mercado. Os preços das habitações novas caíram 0.7% em Abril, acentuando o ritmo de queda. No mesmo sentido evoluiu o investimento no imobiliário, que caiu 10.1% YoY e em termos acumulados desde o início do ano. A produção industrial cresceu 5.6% YoY em Maio, após 6.7% em Abril e consideravelmente abaixo do esperado.

  • Esta semana, merece destaque, nos EUA, a divulgação das vendas a retalho e produção industrial em Maio (terça-feira), podendo ambas revelar uma melhoria face à estagnação de Abril. Na Zona Euro, serão conhecidos na 6ª feira os índices PMI para a actividade na indústria e serviços em Junho, para os quais se espera uma melhoria. Na 5ª feira, o Banco Central da Suíça poderá reduzir a taxa de referência, após o corte de 25 bps em Março (para 1.5%). O Banco de Inglaterra deverá manter inalterada a Bank rate em 5.25% na 5ª feira. Poderá, no entanto, sinalizar uma descida na reunião de 1 de Agosto, num contexto de diminuição expressiva de pressões inflacionistas. 
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  • A maioria dos principais índices accionistas europeus recuava esta manhã, prolongando as fortes desvalorizações ontem registadas. O sentimento dos investidores em relação à Europa continua a ser penalizado pela perspectiva de uma vitória do Rassemblement National nas eleições legislativas de Julho em França, e da consequente adopção de políticas económicas potencialmente mais despesistas e inflacionistas, levou ontem a um alargamento dos spreads dos títulos de dívida pública francesa a 10 anos face ao Bund para máximos desde 2017, que se prolongava esta manhã para cerca de 73 bps, apesar do recuo das yields (e com algum contágio à periferia).

  • Os receios em relação à Europa contrastam com o optimismo no mercado accionista dos EUA, onde o S&P 500 e o Nasdaq voltaram ontem a atingir novos máximos, suportados pelo sector tecnológico e reflectindo a reacção positiva à inflação de Maio divulgada esta semana. No plano cambial, destaque para a depreciação do iene, depois de o BoJ ter adiado para a reunião de Julho os planos de redução da compra de dívida, o que foi lido pelo mercado como um adiamento da normalização da política monetária. 

  • Na 4ª feira, tinha sido divulgada uma descida da inflação nos EUA, em Maio, de 3.4% para 3.3% YoY, ou de 3.6% para 3.4% YoY a nível core, em ambos os casos registos abaixo do esperado. Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego subiram inesperadamente na semana até 8 Jun, num sinal de arrefecimento do mercado de trabalho. Na 4ª feira, o Fed manteve os juros de referência inalterados (em 5.25%-5.5%), projectando agora apenas 1 corte da target rate dos fed funds em 2024, abaixo dos 3 cortes anteriormente esperados. O Fed reconhece “progressos moderados” na desaceleração dos preços, mas espera por mais dados que confirmem a convergência da inflação para a meta.
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos ligeiros esta manhã, após duas sessões de quedas motivadas pelos resultados das eleições europeias e pela convocação de eleições legislativas antecipadas em França. Também nos mercados de dívida pública se assiste hoje a uma estabilização, depois da forte subida das yields da dívida francesa verificada desde Domingo. Ontem, rumores de que o Presidente Macron estaria a equacionar resignar no caso de uma vitória do Rassemblement National nas eleições legislativas antecipadas causaram uma elevada volatilidade. Depois de a Presidência negar tais rumores, assistiu-se a uma descida das taxas, que prossegue hoje, para 3.21% a 10 anos (61 bps face à Alemanha).

  • A sessão de hoje deverá ser dominada pela divulgação dos dados de inflação nos EUA em Maio (13h30) e pela reunião de política monetária do Fed, cujas conclusões serão conhecidas às 19h. É esperada a manutenção da inflação homóloga em 3.4% (com descida ligeira a nível core, para 3.5%). Na reunião de hoje, o Fed deverá manter o target para a taxa fed funds no intervalo 5.25-5.50%, sendo de particular relevância o novo conjunto de projecções dos membros dos comité de política monetária, em especial para a evolução dos juros de referência. Em Março, a maioria de membros apontava para três descidas de juros até ao final do ano, esperando-se que agora apontem para apenas duas.

  • Os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram ontem novos máximos, destacando-se a valorização de 7.3% da Apple, graças ao entusiasmo em torno das aplicações da inteligência artificial. A Administração Biden estará a ponderar novas restrições ao acesso da China a tecnologia usada para a inteligência artificial. Na China, a inflação homóloga manteve-se em 0.3%, ilustrando a persistência de uma procura interna débil
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam variações ligeiras esta terça-feira, depois de uma evolução positiva nos EUA, onde os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram novos máximos. Os investidores estarão particularmente atentos à divulgação da inflação de Maio nos EUA e à reunião do Fed, ambos na 4ª feira. Embora se aguarde a manutenção dos juros, é grande a incerteza quanto às projecções dos membros do comité de política monetária do Fed para a evolução dos juros de referência. Na 6ª feira, os dados referentes ao mercado de trabalho dos EUA revelaram uma criação de emprego surpreendentemente forte em Maio. As yields da dívida norte-americana subiram de forma clara na 6ª feira, anulando a descida ocorrida ao longo da semana.

  • Os activos franceses (e europeus em geral) foram penalizados pelos resultados das eleições para o Parlamento Europeu. Em França, o Presidente Emmanuel Macron convocou eleições legislativas antecipadas, perante a vitória expressiva do Rassemblement National. A decisão de Macron, inesperada, visará evitar um crescimento ainda mais forte daquele partido, a prazo, mas incorpora riscos significativos de uma vitória do RN e vem aumentar a incerteza e a volatilidade a curto prazo. O índice CAC 40 caiu ontem 1.4%, com perdas acentuadas no sector bancário. O euro recuou 0.5% face ao dólar, para EUR/USD 1.076. A yield da dívida francesa a 10 anos sobe 16 bps desde 6ª feira, para o nível mais elevado desde o início do ano (3.26%), penalizando também a dívida das economias da periferia da Zona Euro.

  • A Presidente do BCE defendeu que a descida de 25 bps anunciada na passada 5ª feira “não significa o início de uma trajectória de descida linear” dos juros. Voltando a sublinhar que as decisões serão tomadas reunião a reunião, Lagarde considera crucial a evolução dos salários, da produtividade e dos preços dos serviços. Por seu turno, o Presidente do Bundesbank sugeriu que poderá não haver novas cortes dos juros “por algum tempo”, até se verificar uma descida convincente da inflação para níveis mais próximos do desejado.
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  • Os mercados accionistas apresentam perdas ligeiras na manhã desta 6ª feira, numa sessão que deverá ser dominada pela divulgação dos dados referentes ao mercado de trabalho norte-americano em Maio. É esperada uma criação líquida de cerca de 180 mil postos de trabalho, após 175 mil em Abril, o que traduz um arrefecimento face ao observado no 1º trimestre. Uma evolução mais débil viria juntar-se a outros sinais de enfraquecimento conhecidos já esta semana, e consolidar a expectativa de cortes de juros pelo Fed.    

  • Tal como antecipado, o BCE anunciou ontem uma descida das taxas de juro de referência em 25 bps, situando-se agora a taxa da facilidade de depósito em 3.75%. O comunicado refere que se tornou “apropriado moderar o grau de restritividade da política monetária após 9 meses de manutenção dos juros”, num momento em que “o outlook para a inflação melhorou marcadamente”. Contudo, foi eliminada a sinalização explícita de possíveis novos cortes no futuro, enfatizando o carácter data-dependent e a abordagem “reunião a reunião” da política monetária e não se comprometendo com “uma trajectória particular das taxas”. A actuação futura do BCE dependerá da evolução dos dados macroeconómicos que forem sendo conhecidos, principalmente da inflação e da evolução salarial.

  • As yields da dívida pública europeia subiram, embora de forma contida. As taxas da dívida alemã situam-se, esta 6ª feira, em 3.03% e 2.56% a 2 e 10 anos, respectivamente. O euro avançou face ao dólar, com a cotação EUR/USD em 1.089 esta manhã. Mantemos a expectativa de que as pressões inflacionistas nos serviços, o elevado risco geopolítico e a actuação do Fed levarão provavelmente o BCE a descer apenas mais uma vez os juros de referência até ao final do ano.
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  • As perspectivas de arrefecimento da economia dos EUA continuam a condicionar a evolução dos mercados accionistas, tendo os índices S&P 500 e Nasdaq atingido novos máximos históricos na sessão de ontem, dada a perspectiva renovada de cortes de juros pelo Fed este ano. Destaque-se o avanço de 5.2% da Nvidia, cuja capitalização bolsista superou pela 1ª vez os USD 3 trillion, ultrapassando assim a Apple. Também na Europa se assiste a uma valorização generalizada das bolsas, liderada pelo sector tecnológico, prolongando o movimento de ontem.

  • A divulgação da estimativa do instituto ADP, apontando para uma criação de emprego no sector privado dos EUA abaixo do esperado em Maio, em desaceleração face ao mês anterior, reforçou a convicção de que o Fed anunciará uma descida dos juros ainda este ano. Esta estimativa antecede a divulgação dos dados oficiais do emprego, esta 6ª feira. Ainda nos EUA, o índice ISM Serviços revelou-se mais forte que o esperado, sugerindo uma aceleração da actividade em Maio.

  • O BCE deverá anunciar hoje uma descida das taxas de juro de referência para a Zona Euro, de 25 bps. A taxa da facilidade de depósito deverá, assim, descer para 3.75%. Se o anúncio de uma descida dos juros é largamente esperado, a actuação do BCE ao longo dos próximos meses reveste-se de grande incerteza. Importará avaliar, por um lado, se as previsões para a inflação – apesar da evolução desfavorável recente – continuarão a apontar para uma descida a médio prazo para os níveis desejados. Por outro lado, o mercado estará particularmente atento a qualquer sinalização quanto à atuação futura. Tanto o comunicado como o discurso da Presidente Lagarde deverão ser muito prudentes, enfatizando o carácter data dependent das próximas decisões de política monetária. Não é de esperar, assim, qualquer sinalização explícita quanto a novas descidas, que deverão permanecer em aberto.
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos generalizados na manhã desta 4ª feira, invertendo assim a queda ontem registada. Merece destaque a valorização dos títulos da Inditex, de cerca de 5%, após a apresentação de resultados do 1º trimestre que corresponderam às expectativas, antecipando um outlook favorável para o 2º trimestre. A suportar os ganhos de hoje na Europa, que se seguem a um fecho positivo dos índices de referência norte-americanos na sessão de ontem, está a convicção de que os sinais de arrefecimento no mercado de trabalho norte-americano levarão o Fed a descer os juros de referência na parte final do ano.

  • Destacou-se ontem a divulgação de uma acentuada queda do número de ofertas de trabalho nos EUA no mês de Abril. De acordo com o inquérito JOLTS, as vagas de trabalho disponíveis caíram de 8.36 para 8.06 milhões, nível mais baixo desde Fevereiro de 2021, o que sugere um arrefecimento do mercado de trabalho mais intenso que o esperado. As yields da dívida norte-americana voltaram ontem a descer, prolongando a queda acentuada de 2ª feira, na sequência da fraca evolução do índice ISM Manufacturing. As taxas sobem hoje marginalmente, para 4.79% e 4.35% a 2 e 10 anos. Destaque-se, hoje, nos EUA, a divulgação do índice ISM referente à actividade no sector dos serviços em Maio, antes da publicação dos dados de emprego de Maio (na 6ª feira).

  • Os preços do petróleo mantêm-se hoje estáveis (Brent a USD 77.7/barril), após a acentuada queda das últimas sessões. Estimativas de que os stocks de crude nos EUA terão aumentado na passada semana vieram juntar-se ao impacto negativo sobre os preços gerado pela supressão de cortes de produção acordada pela OPEP+. Na Índia, os índices accionistas de referência (Nifty 50 e SENSEX 30) recuperam hoje mais de 2%, com a perspectiva de formação de um governo de coligação encabeçado pelo PM Modi.
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  • As praças europeias abriram com quedas moderadas nos principais índices accionistas esta terça-feira. O sector energético lidera as descidas, acompanhando as quedas superiores a 1% dos preços do petróleo. Embora a OPEP+ tenha acordado prolongar cortes à produção de 3.66 milhões de b/d até ao final de 2025, um dos pacotes de cortes voluntários (de 2.2 milhões de barris/dia) foi estendido apenas até Setembro. Os investidores vêem, assim, uma sinalização de aumento da oferta de petróleo no final do ano.

  • A tónica negativa no mercado é alimentada, ainda, por preocupações em relação à robustez da economia americana, num contexto de um Fed com uma retórica hawkish. O índice ISM Manufacturing caiu mais que o esperado em Maio, sinalizando uma contracção mais forte da actividade industrial americana. O mercado obrigacionista reagiu com uma descida nas yields dos Treasuries, As taxas soberanas da Zona Euro acompanharam a tendência de descida, tanto nas economias core como na periferia. As descidas prosseguem esta terça-feira.

  • Nos câmbios, a rupia indiana inverteu a trajectória de ontem, e perde hoje 0.4% vs USD, dada a prevista pequena margem de vitória do partido do Primeiro-Ministro Modi, nas eleições legislativas. No México, o peso prossegue em baixa face ao dólar, somando já uma queda de 5.2% desde 6ª feira, reflectindo a clara vitória de Claudia Sheinbaum nas eleições deste Domingo.
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  • Os principais índices accionistas europeus iniciaram a semana com ganhos, seguindo o tom positivo da sessão na Ásia esta 2ª feira, por sua vez suportado pela divulgação de indicadores de actividade positivos na região. Na China, o PMI Manufacturing Caixin sinalizou uma ligeira aceleração da actividade industrial, ao ritmo mais elevado em quase 2 anos, com subidas nas componentes de produção e novas encomendas. O preço do petróleo (Brent) subia perto de 0.3%, após a OPEP+ ter anunciado no fim de semana a extensão, até 2025, dos cortes de produção de crude que deveriam terminar no final de 2024. No plano político, nota para as expectativas de reeleição de Narendra Modi para um 3º mandato como 1º Ministro da Índia (os resultados serão divulgados na terça-feira).

  • Esta semana, o BCE deverá anunciar uma descida dos juros de referência em 25 bps, levando a taxa da facilidade de depósito para 3.75%. A subida maior que esperada da inflação da Zona Euro em Maio veio, contudo, criar um problema para o BCE. A subida da inflação nos serviços sugere um crescimento dos preços mais persistente e a possibilidade de a descida da inflação na Zona Euro vir a ser mais demorada e acidentada. Após este corte, o BCE deverá adoptar um discurso cauteloso, aguardando por sinais mais consistentes de desaceleração dos preços. Novos cortes de taxas directoras poderão voltar a ocorrer apenas a partir do final do ano.

  • A economia dos EUA deverá ter criado 190 mil empregos em Maio, um registo ainda robusto, após 175 mil no mês anterior. Ainda nos EUA, os indicadores ISM deverão sinalizar uma aceleração nos serviços e uma estabilização na indústria. Na China, as exportações e importações de Maio deverão sugerir uma recuperação da procura externa e uma procura interna ainda fragilizada. Nos dias 6-9 Junho, terão lugar as eleições para o Parlamento Europeu. As sondagens sugerem um avanço dos grupos de extrema-direita e euro-cépticos, mas com o PPE a obter o maior número de deputados. 
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