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24 Economia e Mercados

  

 

Diário

Publicação diária com os principais indicadores dos mercados financeiros (ações, obrigações, mercado monetário, taxas de câmbio, commodities) e com a análise dos principais “market movers” do dia, incluindo os indicadores de atividade económica, as decisões de política monetária e os eventos políticos mais relevantes.

Setembro

  • A sessão de hoje deverá ser dominada pela divulgação dos dados referentes ao mercado de trabalho dos EUA no mês de Agosto. É esperada uma criação líquida de emprego de cerca de 165 mil postos de trabalho, superior ao registo de 114 mil em Julho. O dólar recua hoje, situando-se a cotação EUR/USD em torno de 1.111, e as yields da dívida norte-americana e europeia voltam a descer ligeiramente esta manhã.

  • Na Alemanha, a produção industrial de Julho teve um desempenho consideravelmente mais fraco que o esperado, caindo 2.4% face ao mês anterior e 5.3% em termos homólogos. Esta evolução à entrada do 3º trimestre coloca o nível de produção 2% abaixo do nível médio do 2º trimestre, devendo a indústria continuar a pressionar em baixa o crescimento da maior economia europeia.

  • Em França, o Presidente Emmanuel Macron nomeou Michel Barnier como novo Primeiro-Ministro. Barnier terá agora que formar um novo Executivo, que, perante um Parlamento muito fragmentado e sem maioria absoluta de nenhum partido político, é vulnerável a uma potencial moção de censura. O anúncio da nomeação de Barnier não teve, para já, impacto relevante no mercado. O spread da taxa da dívida de França face à Alemanha manteve-se estável, em 71 bps. 
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  • O iene aprecia para USD/JPY 143.5, depois de conhecido um crescimento salarial no Japão mais robusto que o esperado em Julho, reforçando a expectativa de que o Banco do Japão prosseguirá o movimento de subida dos juros de referência. Tal expectativa pressionou o índice Nikkei, que encerrou a perder 1.1%. Na Alemanha, as encomendas dirigidas à indústria cresceram 2.9% em Julho face ao mês anterior (e 3.7% em termos homólogos), um desempenho consideravelmente mais forte que o esperado.

  • O número de vagas de emprego em aberto nos EUA caiu em Julho para o nível mais baixo desde Janeiro de 2021 (7.67 milhões), mais um sinal de desaceleração da procura de trabalhadores por parte das empresas. Num momento em que é aguardada com expectativa a divulgação, na 6ª feira, dos dados referentes ao mercado de trabalho americano em Agosto, aumentou a especulação quanto a um possível corte dos juros de referência de 50 bps pelo Fed no próximo dia 18, em vez de 25 bps. A taxa dos Treasuries a 2 anos chegou a atingir pontualmente um valor inferior ao da taxa a 10 anos. Será conhecido esta tarde, para os EUA, o índice ISM referente ao sector dos serviços no mês de Agosto.

  • Ontem, o Banco do Canadá anunciou a 3ª descida consecutiva da taxa de juro de referência, para 4.25%, tal como amplamente antecipado pelo mercado, e sinalizou novas reduções no futuro, caso a inflação prossiga a trajectória de descida. Por seu turno, o Banco Nacional da Polónia manteve inalterados os juros de referência em 5.75%, nível a que permanecem desde Outubro de 2023. 
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  • Os índices accionistas europeus recuavam, esta manhã, em torno de 0.8%-1.1%, reflectindo receios sobre o crescimento económico e um arrefecimento do entusiasmo sobre o sector tecnológico. O movimento de aversão ao risco levou, ontem nos EUA e já hoje na Ásia (-4.2% no Nikkei), à maior desvalorização das acções desde o início de Agosto. Os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 2.1% e 3.3%, respectivamente, com a queda liderada pelo sector tecnológico (-9.5% nas acções da Nvidia), mas abrangente em termos de sectores.

  • Ontem, o trigger para as preocupações com o crescimento foi a divulgação, nos EUA, de mais um registo do ISM Manufacturing abaixo dos 50 pontos, e abaixo do esperado, sinalizando a persistência de uma contracção da actividade industrial na economia americana. As componentes de produção e de novas encomendas acentuaram a queda no último mês. Neste contexto, aumenta a relevância da divulgação dos payrolls e da taxa de desemprego dos EUA, na 6ª feira. Hoje, foi conhecido um ligeiro recuo do PMI Serviços na China, em Agosto (desaceleração da actividade), enquanto o registo final do PMI Serviços da Zona Euro reviu em baixa a 1ª estimativa, continuando, contudo, a sinalizar uma ligeira expansão da actividade em Agosto.

  • A aversão ao risco traduziu-se na valorização da dívida pública e respectiva descida das yields (-7 e -6 bps no Treasury e Bund a 10 anos), que se prolongava esta manhã (-2 e -3 bps, respectivamente, para 3.81% e 2.25%). O petróleo (Brent) recuava 1.2%, para USD 72.9/barril (após queda de 4.9% ontem) e o USD depreciava 0.2% em termos efectivos. O ouro perdia 0.5%.
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  • Os mercados accionistas europeus apresentam ganhos ligeiros na manhã desta terça-feira, depois de uma sessão mista ontem, marcada por baixos níveis de liquidez, uma vez que os mercados norte-americanos se encontraram encerrados por ocasião do Labor Day. O iene prossegue o movimento recente de apreciação (USD/JPY 146.2), depois de o Governador Kazuo Ueda ter reiterado já hoje que o Banco do Japão deverá prosseguir a trajectória de elevação da taxa de juro de referência caso a actividade e os preços evoluam de acordo com as expectativas.

  • No plano macroeconómico, destaca-se esta semana a divulgação dos dados referentes ao mercado de trabalho norte-americano no mês de Agosto, na 6ª feira. É esperada uma criação de emprego de cerca de 165 mil postos de trabalho, superior à do mês de Julho (114 mil) e uma descida ligeira da taxa de desemprego (para 4.2% da população activa). Já esta tarde será conhecido o índice ISM Manufacturing para Agosto, que poderá manter-se em terreno de contracção da actividade, mas melhorando face a Julho.

  • Na Zona Euro, o índice PMI Manufacturing referente a Agosto foi ontem alvo de revisão em alta. Permanecendo em terreno de contracção da actividade, o índice situa-se assim ao mesmo nível (45.8 pontos) há três meses consecutivos. Esta semana merece destaque a divulgação, na 5ª feira, do desempenho das encomendas à indústria alemã no mês de Julho. As yields da dívida alemã recuam hoje ligeiramente, invertendo o movimento de ontem. As taxas do Bund a 2 e 10 anos situam-se em 2.42% e 2.33%, respectivamente. 
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  • A subida da taxa de desemprego nos EUA alimentou, no início de Agosto, receios de uma recessão, levando o mercado a rever em baixa as expectativas para a taxa fed funds. Estes receios atenuaram-se em meados do mês, após a divulgação de um desempenho mais forte que o esperado das vendas a retalho e de uma descida da inflação, para 2.4% YoY, que ajudaram a recuperar a ideia de um soft landing na economia americana. Neste quadro, as acções registaram quedas expressivas no início de Agosto e uma forte recuperação a partir de meados do mês (com alguma rotação para fora do sector tecnológico). O mercado continuou a antecipar descidas agressivas dos juros por parte do Fed (em torno de 100 bps até final do ano). O Fed sinalizou a intenção de iniciar um ciclo gradual de descida da sua taxa directora já a partir de Setembro, com um maior foco nos riscos de subida do desemprego.

  • Na Zona Euro, a inflação caiu, em Agosto, de 2.6% para 2.2% YoY, enquanto o sentimento e a actividade, em particular nos serviços, se mostraram suportados (em parte, com o contributo dos Jogos Olímpicos em França). O crescimento económico mantém-se, contudo, enfraquecido. O mês foi também marcado pelo aumento da tensão geopolítica no Médio Oriente, com receios de uma guerra mais alargada envolvendo Israel e o Irão. O preço do petróleo (Brent) subiu de USD 72.3 para 82.3/barril entre 5 e 12 de Agosto, recuando entretanto para USD 76.8/barril, dada a perspectiva de moderação da procura global. As yields dos Treasuries a 2 e 10 anos recuaram 34 e 13 bps em Agosto. Embora caindo no início do mês, a yield do Bund a 10 anos acabou por se manter em torno de 2.3%. O ouro subiu 3.1% no mês, atingido novos máximos históricos, acima de USD 2531/onça.

  • Para a volatilidade nos mercados em Agosto contribuiu, também, o facto de o BoJ ter elevado os juros de referência no final de Julho, de 0%-0.1% para 0.25%, um máximo desde 2008, deixando inicialmente aberta a porta a novas subidas e pressionando em alta o iene. O mercado receou a reversão do lucrativo carry trade possibilitado, nos últimos anos, pelo financiamento a baixos juros no Japão e posterior investimento em activos de maior retorno noutras economias. O iene apreciou de USD 161.7 na última semana de Julho para registos em torno de USD/JPY 145. No conjunto de Agosto, o dólar depreciou 2.9% em termos efectivos (-2.6% vs. EUR), tocando em mínimos do ano.   
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Agosto

  • Os mercados accionistas europeus exibem ganhos moderados esta manhã, encaminhando-se para uma 4ª semana consecutiva de valorização, propiciada pela expectativa de descida das taxas de juro, num quadro de diminuição de pressões inflacionistas. Nos EUA, o S&P encerrou ontem inalterado, numa sessão em que a Nvidia (cujos títulos caíram 6.4%) pressionou o sector tecnológico. 

  • A inflação na Zona Euro recuou em Agosto de 2.6% para 2.2% YoY, nível mais baixo desde Julho de 2021. A nível core, observou-se maior persistência, com um recuo marginal para 2.8% YoY. Por seu turno, a taxa de desemprego da Zona Euro desceu, em Julho, de 6.5% para 6.4% da população activa. Estes dados consolidam a expectativa de uma nova descida dos juros pelo BCE a 12 de Setembro. O indicador de sentimento económico da CE para a Zona Euro subiu em AgostoEste Domingo, terão lugar eleições nos estados alemães da Turíngia e Saxónia, podendo a AfD (direita nacionalista) e o novo partido populista liderado por Sahra Wagenknecht (BSW) obter cerca de metade dos votos.

  • Nos EUA, foi ontem anunciada a revisão em alta do crescimento do PIB no 2Q’24, de 2.8% para 3% QoQ anualizado, após 1.4% no 1Q. A aceleração beneficiou do desempenho do consumo privado. Deve destacar-se ainda a revisão em baixa do deflator core do consumo privado, de 2.9% para 2.8%. No mercado de trabalho, os jobless claims diminuíram ligeiramente na passada semana, de 233 para 231 mil. Estes indicadores ilustram uma situação melhor da economia e do emprego nos EUA. Será hoje conhecida a evolução do rendimento e despesa das famílias americanas em Julho, bem como do deflator core do consumo pessoal, medida de inflação de referência para o Fed.
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  • Os principais índices accionistas europeus registavam esta manhã ganhos em torno de 0.1%-0.4%, contrariando as expectativas de uma abertura de sessão em queda. Para estes ganhos poderá estar a contribuir o reforço da probabilidade atribuída ao cenário de descida dos juros na Zona Euro, depois de ter sido conhecida uma descida maior que esperada da inflação em Espanha, em Agosto, de 2.8% para 2.2% YoY, bem como desacelerações significativas dos preços nas diversas regiões da Alemanha (o registo para o conjunto da economia será conhecido hoje à tarde). A yield do Bund a 10 anos recuava 3 bps, para 2.23% e o euro depreciava 0.4% face ao dólar, para EUR/USD 1.1047.
  • Ontem, a Nvidia apresentou os resultados referentes ao 2Q’24, reportando uma receita global de USD 30 mil milhões, vs. estimativa média de USD 28.86 mil milhões, o que representa crescimentos de 15% QoQ e 122% YoY. O mercado reagiu negativamente, focando-se no facto de as estimativas de crescimento das receitas para o 3Q (+8.3%, para USD 32.5 mil milhões, acima da média das previsões) não terem superado as previsões mais optimistas (+23.3%). As acções da Nvidia chegaram a cair 8.4% no after-hours trading, contagiando o sentimento dos investidores, sobretudo no que respeita ao sector tecnológico. A reacção do mercado sugere que, apesar de se manterem perspectivas positivas para este sector, não se espera a manutenção do mesmo grau de entusiasmo e de superação contínua de expectativas.

  

  • Esta manhã, merece atenção a divulgação do indicador de sentimento económico para a Zona Euro, por parte da Comissão Europeia (espera-se uma relativa estabilização). Nos EUA, será conhecida a 2ª estimativa para o crescimento do PIB do 2Q’24.
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  • Os principais índices accionistas europeus registavam ganhos muito ligeiros esta manhã (+0.2% no Euro Stoxx 600), beneficiando do tom positivo de alguns resultados (e.g. Lego) e indicadores de actividade (e.g. confiança no consumo em França), para além da continuada expectativa de descidas de taxas de juro. A yield do Bund a 10 anos recuava 2 bps e o euro depreciava 0.3% face ao dólar. O petróleo recuava 0.2%, para USD 78.45/barril no caso do Brent.
  • Hoje, as atenções dos investidores centram-se na divulgação dos resultados da Nvidia. A empresa (com uma capitalização bolsista de USD 3.2 trillion e uma valorização YTD de 165%) representa mais de 6.5% do S&P 500 (apenas abaixo da Apple), pelo que tem sido um driver fundamental do mercado accionista. Com dúvidas sobre a capacidade de o sector tecnológico continuar a valorizar ao mesmo ritmo dos últimos anos, o mercado tem testado alguma rotação no sentido de sectores mais cíclicos e/ou alavancados, que tenderão a beneficiar relativamente mais da esperada descida dos juros. Neste sentido, os resultados da Nvidia serão lidos como um barómetro da actividade do sector tecnológico. Surpresas positivas ou negativas (vs. expectativa de aumento das receitas superior a 70%) têm o potencial de gerar movimentos amplos no mercado.
  • Ontem, foi divulgada uma subida da confiança dos consumidores nos EUA em Agosto (medida pelo Conference Board), suportada por um maior optimismo quanto ao crescimento e à inflação, que compensa o aumento das preocupações com o mercado de trabalho. A componente de expectativas  atingiu um máximo de 1 ano. Ainda nos EUA, os preços da habitação (índice Case-Shiller) desaceleraram, em Julho, de 6.9% para 6.5% YoY.
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  • Os principais índices accionistas europeus registavam, esta manhã, ligeiras valorizações (0.1% no DAX, 0.2% no Euro Stoxx 600). Ontem, o S&P 500 e o Nasdaq registaram perdas de 0.3% e 0.9%, respectivamente, penalizados pelo recuo do sector tecnológico, com os investidores a favorecerem sectores como a energia e utilities. O preço do petróleo subiu ontem 3% no Brent e 3.5% no WTI, suportado pelo anúncio da suspensão da produção e exportação de petróleo por parte do Governo do leste da LíbiaEsta manhã, o Brent recuava 0.1%, mantendo-se contudo acima dos USD 80/barril. As yields do Treasury e Bund a 10 anos seguiam relativamente estáveis, em 3.82% e 2.25%.

  • Na Alemanha, o indicador GfK, de confiança dos consumidores (já relativo a Setembro), recuou inesperadamente e de forma significativa. A componente de expectativas recuou para mínimos de quase 2 anos, determinando uma subida das intenções de poupança e uma queda da propensão à despesa. Ontem, também na Alemanha, tinha sido conhecido um ligeiro recuo do indicador IFO em Agosto, sinalizando a persistência de níveis relativamente deprimidos de confiança empresarial. Esta manhã, foi confirmada a queda de 0.1% QoQ no PIB alemão no 2Q’24.

  • Nos EUA, as novas encomendas de bens duradouros dirigidas à indústria cresceram 9.9% MoM em Julho, acima do esperado. Mas esta evolução resultou da subida de componentes mais voláteis. As encomendas de bens duradouros excluindo o material aeronáutico e de defesa – uma melhor aproximação ao investimento produtivo das empresas nos EUA – recuou 0.1% MoM em Julho, uma queda pior que a esperada, após um ganho de 0.5% em Junho.
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  • A semana inicia-se com uma subida do preço do petróleo (+0.9%, para USD 79.7/barril no Brent), reflectindo os receios de alastramento da guerra no Médio Oriente, depois dos ataques com mísseis levados a cabo, no fim de semana, por Israel (contra alvos do Hezbollah, no Líbano) e pelo Hezbollah (contra Israel). Depois dos ganhos das últimas sessões, os principais índices accionistas europeus registavam esta manhã ligeiras quedas (-0.2% no DAX). O euro recuava 0.1% face ao dólar, para USD 1.118. yield do Treasury a 10 anos prolongava a descida do final da semana passada, recuando 2 bps, para 3.784%. A yield do Bund na mesma maturidade seguia relativamente estável, em 2.238%.

  • Na 6ª feira, em Jackson Hole, Jerome Powell afirmou que “chegou a altura para um ajustamento na política monetária” do Fed, com o timing e o ritmo de descida dos juros a dependerem “dos futuros indicadores de actividade, da evolução do outlook e da avaliação dos riscos”. No âmbito do seu mandato dual (estabilidade de preços e promoção do emprego), as declarações de Powell sugerem que o Fed passou a privilegiar a promoção do emprego. A inflação é vista numa “trajectória sustentável” para o objectivo dos 2% e os riscos de uma subida adicional do desemprego aumentaram. Esperamos um corte de 25 bps na target rate dos fed funds na reunião de 18 de Setembro.

  • Esta semana, o tema da inflação continuará em foco nas principais economias. Nos EUA, será conhecido o deflator das despesas de consumo pessoal de Julho, para o qual se estima um registo benigno, ainda que com uma subida marginal para 2.6% YoY, ou 2.7% a nível core, explicada por efeitos de base adversos. Na Zona Euro, estima-se que a inflação (IPC) terá recuado de 2.6% para 2.2%-2.3% YoY em Agosto, beneficiando de efeitos de base favoráveis na energia. A nível core, espera-se uma maior persistência, com um registo em torno de 2.8%-2.9% YoY. Na Alemanha, o IFO (indicador de confiança empresarial) manteve-se relativamente estável em Agosto (86.6 pontos, vs. 87 em Julho).
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  • As atenções dos mercados centram-se, hoje, na intervenção do Chair do Fed, Jerome Powell, no simpósio de política monetária em Jackson Hole, nos EUA (15h). Espera-se a sinalização de uma descida dos juros de referência a partir de Setembro, a um ritmo data dependent e, provavelmente, gradual. Ontem, Jeffrey Schmid, do Fed de Kansas City, afirmou que necessita de mais informação antes de apoiar reduções de juros. Susan Collins e Patrick Harker, respectivamente do Fed de Boston e de Philadelphia, defenderam um ritmo gradual de descida dos juros. As yields dos Treasuries reagiram ontem em alta (penalizando as acções), estabilizando esta manhã (3.85% nos 10 anos). Os índices accionistas europeus registavam ganhos ligeiros esta manhã (0.4% no DAX, 0.2% no Euro Stoxx 600).

  • O iene apreciava 0.8% desde o mínimo de ontem (embora estabilizando esta manhã perto de USD/JPY 146), depois de o Governador do BoJ, Kazuo Ueda, ter reafirmado a intenção de continuar a elevar os juros de referência, no caso de a inflação evoluir em linha com o esperado, mesmo reconhecendo a recente volatilidade nos mercados (que, em parte, foi espoletada pela mensagem mais hawkish do BoJ). Em Julho, a inflação core subiu, no Japão, de 2.6% para 2.7% YoY.    

  • Na Zona Euro, os salários negociados desaceleraram no 2Q’24, de 4.7% para 3.6% YoY, o que deverá favorecer o cenário de descida dos juros de referência pelo BCE, em Setembro. De notar, também, a descida inesperada da confiança dos consumidores da Zona Euro, em Agosto. Nos EUA, nota para a subida dos novos pedidos de subsídios de desemprego na semana até 17 Ago (para 232 mil), sinalizando alguma debilidade no mercado de trabalho.
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  • De acordo com as estimativas preliminares dos PMIs, a actividade industrial da Zona Euro acentuou, em Agosto, a recente tendência de contracção, um movimento particularmente visível na Alemanha, que viu o respectivo PMI Manufacturing cair de 43.2 para 42.1 pontos, com quedas nas componentes da produção e das novas encomendas. Do lado positivo, os PMIs de Agosto apontam para uma ligeira aceleração da actividade nos serviços na Zona Euro, neste caso com o contributo de uma forte expansão em França, que deverá ter beneficiado da realização dos Jogos Olímpicos. O PMI compósito subiu para 51.2 no conjunto da Zona Euro, sugerindo uma maior expansão da actividade.   
  • De acordo com as minutas da reunião de Julho, ontem divulgadas, “a vasta maioria” dos membros do comité de política monetária do Fed vê como adequado relaxar a política monetária na próxima reunião (em Setembro), com um corte de 25 bps na taxa de juro directora. Alguns membros salientaram o risco de uma deterioração mais séria do mercado de trabalho e da actividade no caso de um alívio tardio da restritividade monetária. Também ontem, o Bureau of Labor Statistics reviu em baixa, em 818 mil, as estimativas para a criação de emprego no ano até Março (i.e. uma redução média mensal de 68 mil), o que sugere que o mercado de trabalho americano terá começado a arrefecer mais cedo que o admitido até aqui. O mercado antecipa agora (exageradamente?) cortes acumulados de 100 bps nos juros de referência por parte do Fed até final deste ano.

 

  • Esta manhã, os principais índices accionistas europeus registavam ganhos ligeiros (+0.25% no DAX), depois de um fecho de sessão positivo, ontem, nos EUA. O sentimento beneficia da expectativa reforçada de descida dos juros de referência nos EUA, que contribuiu ontem para o recuo das yields dos Treasuries e Bunds, sobretudo nos prazos mais curtos (esta manhã, subidas de 2 e 3 bps, no Treasury e Bund a 10 anos, para 3.82% e 2.22%).  O ouro alivia dos máximos históricos (-0.37% para USD 2503/onça). O Brent segue estável, em USD 76/barril.   
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  • Os principais índices accionistas europeus registavam, esta manhã, subidas ligeiras (em torno de 0.2%-0.3% no DAX e no Euro Stoxx 600). Ontem, os principais índices americanos encerraram a sessão com quedas da mesma dimensão (em parte, com alguns sinais negativos sobre o outlook para o consumo privado vindos de reportes de resultados de empresas). As yields do Treasury e Bund a 10 anos seguiam relativamente estabilizadas, em torno de 3.82% e 2.22%. O preço do petróleo evoluía esta manhã entre uma estabilização e recuos marginais, após a divulgação inesperada de uma subida dos stocks de crude nos EUA na última semana. Mas com este movimento mitigado pelo arrefecimento das expectativas de um cessar-fogo em Gaza.   
  • O dólar atingiu ontem um mínimo do ano face ao euro e à libra, e mínimos desde Março em termos efectivos. Esta evolução reflecte os sinais de abrandamento da actividade e dos preços na economia americana, que têm reforçado a expectativa de que o Fed leverá a cabo cortes dos juros de referência a um ritmo mais elevado do que nas principais economias europeias. Os investidores aguardam o discurso do Chair Powell em Jackson Hole, nesta próxima 6ª feira, antecipando sinais dovish sobre o outlook. Esta manhã, contudo, o dólar apreciava em torno de 0.1%-0.2%, evoluindo em torno de EUR/USD 1.111 face ao euro.

 

  • Depois das notícias de que a UE se prepara para impor uma tarifa de 9% às importações de veículos eléctricos da Tesla produzidos na China, o Governo deste país anunciou a abertura de uma investigação às importações chinesas de laticínios da UE, que beneficiarão de subsídios. Hoje, merece atenção a divulgação das minutas da última reunião de política monetária do Fed, numa altura em que o mercado antecipa largamente um corte de 25 bps na target rate dos fed funds, em Setembro.
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  • Os principais índices accionistas europeus abriram a sessão desta terça-feira em alta ligeira (+0.2% no DAX, +0.1% no Euro Stoxx 600). Depois de uma elevada volatilidade nas últimas semanas, os investidores parecem focados na expectativa benigna de um soft landing nas principais economias. Na Suécia, o Riksbank cortou os juros de referência em 25 bps, para 3.5%, e sinalizou a possibilidade de 2 ou 3 cortes adicionais este ano. Já na China, o PBoC manteve os juros de referência inalterados (1Y e 5Y Loan Prime Rates em 3.45% e 3.85%, respectivamente).

  • O preço do petróleo (Brent) recuava perto de 0.8%, para USD 77.1/barril (depois de ter estado a cair 1.5%), beneficiando da notícia de que Israel teria aceite a proposta dos EUA para um cessar-fogo em Gaza. A queda do petróleo penalizou as acções do sector energético, contribuindo para o recuo do índice FTSE100 no Reino Unido (-0.56%), em contraste com outros índices europeus. No conjunto da última semana, o Brent acumula uma queda de 4.4%.

  • Esta semana as atenções centram-se no simpósio anual sobre política monetária organizado pelo Fed em Jackson Hole, Wyoming. Merece especial atenção a intervenção do Chair Jerome Powell na 6ª feira. Merece também atenção, na 4ª feira 21, a divulgação das minutas da última reunião do Fed. Na Zona Euro, esta semana será divulgado o relato da última reunião de política monetária do BCE. Mas o principal foco deverá incidir sobre os PMIs de Agosto. Espera-se a sinalização de uma queda da actividade industrial e de um ligeiro abrandamento da actividade nos serviços. Na Alemanha, os preços no produtor recuaram 0.8% YoY em Julho, atenuando o registo de -1.6% observado em Junho. Na Zona Euro, foi confirmada em inflação de Julho em 2.6% YoY (vs. 2.5% no mês anterior).
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  • Sinais de deterioração da actividade económica nos EUA (e.g. subida da taxa de desemprego) alimentaram, no início de Agosto, receios de uma possível recessão. O mercado reviu em baixa as expectativas para a taxa fed funds. A probabilidade atribuída pelo mercado a uma recessão nos EUA atenuou-se, contudo, em meados de Agosto, após a divulgação de um desempenho mais forte que o esperado das vendas a retalho e de uma descida maior que esperada da inflação, suportando um cenário de soft landing na economia americana. Mantém-se a expectativa de início da descida dos juros de referência pelo Fed em Setembro. As yields dos Treasuries a 2 e 10 anos recuaram 22 e 17 bps em Agosto. A yield do Bund a 10 anos caiu de 2.31% para 2.23% no mesmo período.
  • O quadro atrás descrito alimentou uma forte volatilidade no mercado accionista, com fortes quedas no início de Agosto e uma forte recuperação em meados do mês. Para a aversão ao risco contribuiu, também, o facto de o Banco do Japão ter elevado os juros de referência no final de Julho, de 0%-0.1% para 0.25%, deixando inicialmente aberta a porta a novas subidas. O iene intensificou o movimento de apreciação face ao dólar. Estes desenvolvimentos alimentaram receios de um fim do carry trade possibilitado, nos últimos anos, pelo financiamento a baixos juros no Japão e posterior investimento em activos de maior retorno nas economias desenvolvidas e emergentes. Perante o aumento da volatilidade, o BoJ sinalizou uma pausa na subida da taxa directora. O iene recuou para USD/JPY 149, evoluindo agora em USD/JPY 146.1.
  • As últimas semanas foram também marcadas pelo aumento da tensão geopolítica no Médio Oriente, com receios de uma guerra mais alargada envolvendo Israel e o Irão. O preço do petróleo (Brent) subiu de USD 72.3 para 82.3/barril entre 5 e 12 de Agosto, recuando entretanto para USD 79.2/barril. A guerra na Ucrânia e as eleições nos EUA deverão também marcar as próximas semanas. 
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  • Os mercados europeus arrancam com ganhos nas acções. Atenuação dos receios de deterioração pronunciada da conjuntura económica nos EUA, depois de as vendas a retalho terem aumentado 1% MoM em Julho, acima do esperado. Destaque-se, também, a melhoria do outlook para as vendas no conjunto do ano pela Walmart, depois de a empresa reportar resultados mais fortes que o esperado. Esta tarde será conhecido o registo de Agosto do índice de confiança dos consumidores americanos, apurado pela U. Michigan.
  • A atenuação dos receios de maior arrefecimento da economia americana suportaram um movimento de subida das yields dos Treasuries na sessão de ontem. Este movimento reflectiu uma atenuação das expectativas do mercado para a descida dos juros directores pelo Fed, estando neste momento descontada uma redução acumulada de 75 bps no conjunto do ano (vs. 100 bps na última semana). O dólar apreciou para EUR/USD 1.097 (EUR/USD 1.0985 esta manhã).
  • No Reino Unido, as vendas a retalho aumentaram 0.5% MoM em Julho, depois da queda de 0.9% MoM observada no mês anterior. Excluindo o comércio de combustíveis, as vendas core cresceram 0.7% MoM. A libra avança face ao euro e ao dólar, para EUR/GBP 0.853 e GBP/USD 1.288, e as yields dos Gilts registam subidas, ao contrário da tendência dominante nos outros países da Europa.

 

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  • O tom positivo nos mercados prossegue esta 4ª feira, suportando ganhos moderados nas praças de acções da Europa. A favorecer esta evolução estão os sinais de moderação da inflação nos EUA e no Reino Unido, bem como o tom globalmente positivo dos resultados empresariais divulgados, no âmbito da earnings season.
  • Os números da inflação no produtor nos EUA revelaram uma moderação homóloga mais forte que a estimada em Julho, de 2.7% para 2.2% na medida headline e de 3% para 2.4% a nível core, sinalizando um arrefecimento das pressões inflacionistas. Esta tarde, será conhecida a inflação no consumidor americano em Julho. Na economia britânica, os sinais são também de moderação dos preços, com a taxa de inflação no consumidor core a recuar mais que o previsto em Julho, de 3.5% para 3.3% YoY. Merece especial destaque a descida da inflação nos serviços, de 5.7% para 5.2% YoY.
  • A evolução benigna da inflação na economia americana alimentou as expectativas de cortes nos juros directores por parte do Fed e, consequentemente, favoreceu a descida das yields dos Treasuries na sessão de ontem. O Presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, reconheceu ontem que antecipa uma redução do target para a taxa fed funds até ao final do ano, mas afirmou que ainda precisa de “um pouco mais de informação”.
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  • A manhã arranca com tom positivo nas praças de acções da Europa, em linha com o fecho em alta do mercado asiático. O Nikkei 225 valorizou 3.4% esta manhã, suportado pela recente estabilização do iene, favorecida pelo afastamento de novas subidas iminentes dos juros directores na economia japonesa. Com a subida de hoje, o Nikkei 255 regressou a níveis de 2 de Agosto, anulando as perdas expressivas da última semana. A divisa japonesa recua para USD/JPY 147.9.

 

  • A libra esterlina prossegue em alta face às principais divisas. A taxa de desemprego no Reino Unido caiu inesperadamente, de 4.4% para 4.2% da população activa em Junho, um mínimo desde Fevereiro. A remuneração média registou uma moderação no 2º trimestre, com a taxa de crescimento da medida core (que exclui o pagamento de bónus) a recuar de 5.8% para 5.4% YoY, um mínimo desde Agosto de 2022. No seu conjunto, estes dados vêm ilustrar a robustez do mercado do trabalho na economia britânica.

 

  • O índice ZEW de expectativas para a economia alemã revelou uma queda muito mais forte que a esperada em Agosto, de 41.8 para 19.2 pontos, um mínimo dos últimos 7 meses. A componente de avaliação da actual conjuntura também recuou. De tarde, o foco volta-se para os EUA, com a divulgação dos números de Julho da inflação no produtor (IPP). As projecções apontam para uma moderação homóloga no ritmo de crescimento dos preços, de 2.6% para 2.3%, depois de 5 meses consecutivos de aceleração. 
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